Cabo Verde vai apresentar candidatura ao Conselho dos Direitos Humanos
Praia - Cabo Verde anunciou, quinta-feira, em Genebra, que pretende candidatar-se ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, ao dar resposta à maioria das 159 recomendações no âmbito da revisão periódica universal.
A ministra da Justiça, Joana Rosa, disse que, apesar dos "parcos recursos", o Governo "tem dado especial atenção" e "não tem poupado esforços" para a promoção e defesa dos direitos humanos.
"Temos conseguido ganhos assinaláveis e somos reconhecidos" a nível internacional, referiu a governante. "É nesta óptica que pretendemos apresentar a candidatura ao Conselho dos Direitos Humanos para o período 2025-2027. Contamos com o apoio de todos os Estados-membros a esta nossa candidatura", sublinhou.
A candidatura encerrou a intervenção da ministra da Justiça cabo-verdiana na 44ª sessão da Revisão Periódica Universal, em que destacou algumas das metas alcançadas desde 2018, data da última avaliação (terceira), e que serviram para mostrar como o país tem respondido à maioria das 159 recomendações colocadas na altura.
A redução do trabalho infantil em 50% (de 8% para cerca de 4% das crianças), a generalização gradual do registo de nascimento, o aumento de protecção social, igualdade de género, maior agilidade da justiça e cuidados acrescidos com a população prisional, foram alguns dos pontos focados, entre dezenas, num elencar de medidas em cerca de 40 minutos.
Na ocasião, a ministra da Justiça cabo-verdiana relatou o trabalho feito na ratificação de convenções e tratados, comprometendo-se a completar o trabalho em relação aos documentos que estão em atraso, nomeadamente junto da União Africana (UA).
Joana Rosa reafirmou o objectivo de Cabo Verde de erradicar a pobreza extrema até 2026.