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Dado como morto fugitivo culpado pelo genocídio no Rwanda

Um pormenor de cidade no Rwanda
Um pormenor de cidade no Rwanda Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h02 15/11/2023 - Actualizado às 12h02 15/11/2023

Kigali - A Procuradoria do Tribunal das Nações Unidas (ONU) confirmou, terça-feira, a morte do antigo presidente da câmara rwandesa, Aloys Ndimbati, um dos poucos fugitivos ainda procurados pelo genocídio de 1994 no Rwanda.

Este órgão sucedeu ao Tribunal Penal Internacional para o Rwanda (TPIR), criado em 1994 pelo Conselho de Segurança da ONU.

O gabinete do procurador do Mecanismo Internacional Residual para os Tribunais Penais afirmou, através de um comunicado a partir da sua sede em Arusha, na Tanzânia, que Ndimbati morreu em 1997.

"Após uma investigação minuciosa e exigente, o gabinete do Procurador pôde concluir que Ndimbati morreu no final de Junho de 1997, na actual região de Gatore, distrito de Kirehe, província oriental do Rwanda”, diz a nota, especificando que "as circunstâncias exactas da sua morte não foram determinadas”.

No entanto, as "provas recolhidas” mostram que "Ndimbati não deixou a área de Gatore e nunca mais foi visto ou ouvido”, enquanto "não foram identificadas provas fiáveis e corroboradas de que estivesse vivo depois dessa altura”.

Embora os sobreviventes e as vítimas dos crimes de Ndimbati não o vejam ser julgado ou punido”, acrescentou, "este resultado pode ajudar a encerrar (o caso), sabendo que Ndimbati não está em fuga e não pode causar mais danos ao povo rwandês”.

O fugitivo foi presidente da câmara da antiga comuna de Gisovu, na prefeitura de Kibuye (Oeste do Rwanda), e membro do Movimento Revolucionário Nacional para o Desenvolvimento (MRND), partido no poder no Rwanda, de 1975 a 1994.

Ndimbati foi acusado pela primeira vez pelo TPIR, em Novembro de 1995, de sete crimes de genocídio, cumplicidade no genocídio, agressão directa e incitamento público ao genocídio e de crimes contra a humanidade de extermínio, assassínio, violação e perseguição.

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