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Guiné-Bissau apresenta à UNESCO candidatura a Património Mundial

Guiné-Bissau apresenta candidatura de Bijagós
Guiné-Bissau apresenta candidatura de Bijagós Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h02 26/01/2024 - Actualizado às 13h03 26/01/2024

Bissau - A Guiné-Bissau vai apresentar, a 1 de Fevereiro, à UNESCO, a candidatura dos Bijagós a Património Mundial, numa segunda tentativa de ver reconhecido o valor excepcional e universal da biodiversidade das emblemáticas ilhas, foi quinta-feira divulgado.

De acordo com a Lusa, o anúncio da data da oficialização da candidatura foi feito pela directora-geral do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas, Aissa Regalla de Barros, numa sessão que juntou várias entidades e representantes das comunidades locais na sede do instituto em Bissau.

Uma década depois de a primeira candidatura ter sido indeferida pela Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação (UNESCO), a Guiné-Bissau reviu o processo e elaborou um novo dossiê que concentra o propósito em três das 88 ilhas dos Bijagós, que são parques naturais, concretamente João Vieira e Poilão, Orango e Urok e a ligação entre esses três parques.

A directora-geral do IPAB explicou que as restantes ilhas representam a zona tampão do bem candidato à UNESCO, que reconheceu o conjunto dos Bijagós como Reserva Mundial da Biosfera em 1996.

Os responsáveis guineenses querem conquistar o estatuto de Património Mundial concentrando-se na zona mais relevante do ponto de vista da biodiversidade nas ilhas e ilhéus onde desovam tartarugas, habitam hipopótamos e se alimentam aves migratórias.

A candidatura será entregue na sede da UNESCO, em Paris, a 1 de Fevereiro, pelo ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática, pela directora-geral do IBAP e pela Embaixada da Guiné-Bissau em França.

O dossiê "já foi finalizado, está na fase de tradução de português para francês e, na segunda-feira, 29 de Janeiro”, estará pronto para a entrega oficial, segundo Aissa de Barros.

A directora-geral do IPAB esclareceu que nesta candidatura tentaram evitar abarcar toda a Reserva da Biosfera que abrange as 88 ilhas.

"Era uma zona muito vasta e temos, a nível económico, muita pouca capacidade de gestão de área, por isso é que nós nos concentramos nas áreas protegidas e em dois corredores de conectividade entre essas áreas, porque houve estudos científicos que demonstraram que algumas espécies utilizam esses corredores”, sustentou.

Esta candidatura a Património Mundial dos "ecossistemas costeiros e marinhos do arquipélago dos Bijagós” é, segundo disse, "muito mais robusta” que a indeferida em 2013.

Foram trabalhadas as 12 recomendações anteriores da UNESCO em relação ao limite do bem candidato, ao estatuto jurídico, à governação, ao desenvolvimento de outros sectores e das ameaças, assim como ao envolvimento de todas as estruturas guineenses no processo de elaboração do processo.

"Criámos um comité de pilotagem, fizemos várias reuniões sectoriais e com as comunidades, principalmente as comunidades Bijagós para que saibam o que é um sítio de património e porque é que queremos apresentar a candidatura à lista de património mundial”, referiu.

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