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Dois partidos sul-africanos exigem investigação a Julius Malema

Líderes do EFF implicados no caso do banco VBS na Africa do Sul
Líderes do EFF implicados no caso do banco VBS na Africa do Sul Imagens: DR

Redacção

Publicado às 07h23 14/07/2024 - Actualizado às 10h57 15/07/2024

Pretoria - Dois partidos políticos sul-africanos exigem uma investigação às alegações de que o líder do partido da oposição EFF, Julius Malema, teria recebido subornos no âmbito de um escândalo bancário.

As alegações vieram à tona quando o ex-presidente do VBS Mutual Bank, Tshifhiwa Matodzi foi condenado na quarta-feira a 15 anos de prisão por várias acusações de fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e roubo.

O banco sul-africano entrou em colapso em 2018, após três anos de pilhagem por executivos e políticos, no âmbito de uma fraude bancária maciça apelidada de "o grande assalto".

Matodzi foi condenado pelo Supremo Tribunal de Pretória depois de chegar a um acordo com o Ministério Público.

O diário 'online' sul-africano Daily Maverick publicou, recentemente, uma cópia do depoimento de Matodzi, em que afirma que o líder do partido de esquerda radical EFF, Julius Malema, e o seu adjunto Floyd Shivambu receberam 16 milhões de rands (cerca de 780 218 270 milhões de kwanzas) de "fundos roubados do VBS".

O EFF recusou-se a comentar as alegações, negando qualquer envolvimento no escândalo bancário.

A Aliança Democrática (DA, na sigla em inglês), de centro-direita, pediu hoje à polícia que investigasse Malema e Shivambu, contra os quais tinha apresentado uma queixa em 2018 relacionada com o caso VBS.

O pequeno partido de centro-direita ActionSA também exigiu uma nova investigação sobre a dupla.

O grupo de defesa dos direitos afrikaans AfriForum disse que apresentaria acusações criminais contra eles.

No documento divulgado pelo Daily Maverick, Matodzi também acusou o antigo director-geral do Tesouro, Dondo Mogajane, e funcionários provinciais do Congresso Nacional Africano (ANC, no poder), de envolvimento no escândalo da VBS.

No final de 2018, o Banco Central da África do Sul publicou um relatório sobre a falência da empresa.

Neste documento eram acusadas 53 pessoas, incluindo gestores e políticos, de terem desviado mais de dois mil milhões de rands (cerca de 111 milhões e 389 mil de dólares americanos) durante um período de três anos.

A falência da VBS é um dos casos mais espectaculares de corrupção na África do Sul desde a saída forçada, no início de 2018, do Presidente Jacob Zuma, que tem sido implicado em numerosos escândalos financeiros.

 

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