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Mortes por acidentes de viação reduziram em apenas 17 países africanos

Acidentes em Africa aumentaram nos ultimos 10 anos
Acidentes em Africa aumentaram nos ultimos 10 anos Imagens: DR

Redacção

Publicado às 06h41 18/07/2024 - Actualizado às 06h41 18/07/2024

Nairobi – A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, quarta-feira, que apenas 17 países africanos conseguiram reduzir o número de mortes por acidentes na última década.

De acordo com a responsável da OMS pela prevenção da violência e das lesões, Binta Sako, embora nenhum deles tenha atingido a redução de 50% como objectivo global de segurança rodoviária estabelecido pela ONU para 2030.

Binta Sako que falava conferência de imprensa citou vários países que estiveram perto de atingir essa percentagem, tais como as Ilhas Seicheles, a Mauritânia, a República do Congo, os Camarões e o Burundi, que conseguiram reduções de mais de 30% até 49%.

Em comunicado, o director regional da OMS para África, Matshidiso Moeti, afirmou que as conclusões do relatório revelam "um grave problema de saúde pública para os países africanos, com centenas de milhares de vidas perdidas desnecessariamente".

No mesmo relatório que aborda os aspectos de segurança rodoviária de 2023, a OMS alertou para um aumento de 17% das mortes causadas por acidentes rodoviários em África na última década, sendo que a nível mundial esta taxa diminuiu 5%.

De acodo com o documento, o continente africano "tem apenas 15% da população mundial e 3% dos veículos do mundo, mas teve 225.482 mortes na estrada em toda a região em 2021", estimou a agência das Nações Unidas no seu para o continente, que lançou durante uma conferência de imprensa em Nairobi.

Este número de óbitos representa um aumento de 17% das vítimas mortais entre 2010 e 2021, sublinhou o representante da OMS no Quénia, Abdourahmane Diallo, no lançamento do relatório, que foi elaborado com a participação de 47 países africanos.

Além da falta de infra-estruturas, são cinco os principais factores de risco que influenciam os acidentes rodoviários no continente africano: excesso de velocidade, condução sob o efeito do álcool, não utilização de capacetes para motociclistas, cintos de segurança e sistemas de retenção para crianças.

"Estes acidentes rodoviários ocorrem principalmente entre os homens com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos, que são utilizadores frequentes da estrada. Em particular, os motociclistas, os peões e os ciclistas são responsáveis por metade de todas estas mortes" segundo a OMS.

A OMS também expressou a necessidade de progressos na legislação para regulamentar os equipamentos de segurança dos veículos e os sistemas de protecção dos peões, num continente onde o total de registos de veículos está a aumentar, "tendo quase triplicado" desde 2013.

"Enquanto OMS, estamos empenhados em trabalhar lado a lado com os países para enfrentar esta ameaça evitável e continuamos a apoiar plenamente todos os esforços para tornar as nossas estradas mais seguras, tanto para os automobilistas como para os peões", acrescentou Moeti.

A nível mundial, a taxa de mortos por acidentes rodoviários entre 2010 e 2021 diminuiu 5%, para 1,19 milhões de mortes anuais.

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