Roma – O Fundo Verde para o Clima aprovou 52,3 milhões de dólares para apoiar o Malawi a lidar com os efeitos devastadores das alterações climáticas e aumentar a segurança alimentar do país a longo prazo.

Liderado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o projecto deverá beneficiar cerca de 575.000 pessoas vulneráveis em comunidades rurais ao longo de seis anos.

Espera-se proporcionar um investimento urgente em adaptação e resiliência no Malawi, classificado pela ONU como um dos países menos desenvolvido.

O projecto oferece uma abordagem abrangente, inclusiva e inovadora para construir a resiliência climática no Malawi, abordando os principais desafios ambientais e socioeconómicos no contexto das alterações climáticas.

A finalidade passa por transformar o sector agrícola do país, através de acções climáticas holísticas e impactantes baseadas no ecossistema, segundo a diretora-geral adjunta da FAO, Maria Helena Semedo.

O Malawi é um dos países mais pobres do mundo, com 70 por cento da sua população vivendo abaixo da linha de pobreza.

As suas comunidades rurais, que dependem principalmente da agricultura de sequeiro para a sua subsistência, já estão a sofrer os efeitos das alterações climáticas, incluindo o aumento das temperaturas, chuvas imprevisíveis e fenómenos meteorológicos extremos mais frequentes e intensos.

Em 2023, a insegurança alimentar aguda reportada no país foi associada a uma diminuição significativa na produção de milho, o principal alimento básico do país, devido a secas e inundações provocadas por ciclones tropicais, juntamente com a degradação do solo.