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Recursos da economia azul podem garantir prosperidade a todos os africanos

Participantes na semana africana da economia azul
Participantes na semana africana da economia azul Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 15h37 25/07/2024 - Actualizado às 15h37 25/07/2024

Addis Abeba - A comissária da União Africana Josefa Correia Sacko reafimou, terça-feira, em Adis Abeba (Etiópia), que os recursos marinhos e de água doce de África são uma “pedra angular” do desenvolvimento sustentável do continente.

A diplomata, que falava na semana africana da economia azul e da celebração do Dia Africano dos Mares e Oceanos, assegurou que este sector promete o crescimento económico, a criação de emprego e a redução da pobreza, salvaguardando simultaneamente a biodiversidade e os ecossistemas aquáticos.

“À medida que navegamos nas complexidades do século XXI, é imperativo que aproveitemos estes recursos de forma responsável e equitativa, garantindo que contribuem para a prosperidade e o bem-estar de todos os africanos”, frisou.

A responsável do departamento que responde pela Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente Sustentável da União Africana, adiantou que há muito que a organização reconhece o papel fundamental da economia azul na concretização dos objectivos de desenvolvimento.

Reconheceu que a estratégia marítima integrada de África 2050 da UA e a estratégia de economia azul traçam visões claras para uma economia azul próspera que apoia a diversificação económica e a sustentabilidade ambiental.

No entanto, segundo a Comissária da UA, o caminho para uma economia azul robusta não está isento de desafios, incluindo as alterações climáticas, a poluição, a sobrepesca e as práticas não sustentáveis que representam ameaças significativas para os ambientes marinhos.

Josefa Sacko garantiu que, para enfrentar estes desafios, é necessário adoptar abordagens inovadoras e reforçar os esforços colectivos, reforçar a cooperação regional e o investimento em ciência e tecnologia marinhas e fomentar parcerias público-privadas que promovam práticas sustentáveis e a gestão de recursos.

Recordou que a União Africana está empenhada em apoiar iniciativas educativas e programas de reforço de capacidades que dotem os cidadãos de competências e compreensão necessárias para proteger e utilizar de forma sustentável as massas de água doce, mares e oceanos, através dos “Centros de Excelência”, em pescas e aquacultura.

Durante o evento, que termina hoje. quinta-feira, os especialistas debruçam-se sobre o futuro reflectindo sobre uma década de mares e oceanos Africanos (2015-2025) e sobre a promoção de parcerias para uma economia azul sustentável.

Também está na agenda o financiamento das iniciativas da economia azul, as oportunidades e desafios, a exploração do potencial das cadeias de valor regionais no contexto da Zona de Comércio Livre Continental Africano(ZCLCA ), como meio de transformação da economia azul para as ilhas africanas e os países costeiros, bem como a capacitação dos jovens para a liderança e inovação deste sector.

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