FIANCIAMENTO
Cabo Verde quer programas mais longos com instituições internacionais
17/07/2024 07h27
Praia - Cabo Verde quer que os programas com as instituições financeiras internacionais sejam mais longos, com maior previsibilidade e capazes de realizar as transformações estruturais no país, disse, terça-feira, o Primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva.
"Nós temos estado a colocar isto sobre a mesa, não só a nível das Nações Unidas, mas a nível das instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial (BM), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD)", afirmou Ulisses Correia e Silva.
Em declarações aos jornalistas após uma reunião com as agências das Nações Unidas em Cabo Verde, o chefe do Governo explicou que a ideia é mostrar que o processo de desenvolvimento é longo, "não termina em cinco, nem em 10 anos".
"Definindo o caminho, os objectivos e a forma de atingir esses objectivos, a plurianualidade cria a possibilidade de termos previsibilidade, estabilidade, com que recursos é que vamos contar para podermos fazer as transformações estruturais que são necessárias", justificou.
Projectos para três anos ficam sempre "no meio caminho do impacto", disse.
Cabo Verde e a ONU assinaram em dezembro de 2022 mais um Quadro de Cooperação (2023-2027), no valor de 115 milhões de dólares (cerca de 105 milhões de euros ao cambio atual).
Para este ano, a organização conta disponibilizar 15,7 milhões de dólares para o plano de trabalho conjunto.
Além do financiamento, Cabo Verde trabalha com as Nações Unidas na assistência técnica, capacitação de quadros, apoio à elaboração de projectos e mobilização de recursos.
A reunião serviu para as partes reforçarem e identificarem novas oportunidades e estratégias de desenvolvimento, incluindo a mobilização de financiamento, e vai passar a ser anual, avançou o Primeiro-ministro.