União Europeia envia 150 observadores para as eleições em Moçambique
Maputo - Cento e cinquenta observadores da União Europeia são esperados em Maputo, nos próximos dias, para acompanharem as eleições gerais agendadas para dia 09 de Outubro próximo, noticiou, segunda-feira, a imprensa local.
A Chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, Laura Ballarin, disse a imprensa que o seu envolvimento nas eleições gerais, presidenciais, legislativas e para as Assembleias Provinciais, visa ajudar a fortalecer as instituições democráticas em Moçambique e conferir uma maior credibilidade ao processo.
“A razão principal de nossa presença é apoiar o desenvolvimento das instituições democráticas de Moçambique e, portanto, destacamos que a União Europeia só envia missões de observação eleitoral nos países que a convidam”, afirmou, no final da audiência concedida pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, segunda-feira, em Maputo.
Laura Ballarin ressaltou que os princípios de trabalho da União Europeia são sempre a neutralidade e a imparcialidade na sua actuação nos processos eleitorais.
“Não interferimos de nenhuma maneira no processo eleitoral e temos uma metodologia definida e testada de muitos anos para fazer esta observação, em acordo com os princípios e padrões internacionais do resto das organizações”, frisou.
Acrescentou que a UE não vai emitir nenhuma declaração pública, antes de pelo menos 48 horas depois do dia das eleições. “Queremos respeitar ao máximo o processo eleitoral, não interferir e deixar que tudo se desenvolva como é devido”, explicou.
Nos próximos dois dias, a Missão da UE deverá reunir-se com os membros da Sociedade Civil e com os observadores que já se encontram em Moçambique.
Já o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, expressou a sua satisfação pelo facto da União Europeia ter aceitado o convite formulado pelo governo moçambicano.
“É um prazer sempre ter a delegação da União Europeia. Desde 1994, que realizamos as primeiras eleições multipartidárias, a União Europeia sempre aceitou o convite do governo de Moçambique e, desta vez, também o governo convidou a União Europeia para se juntar a tantos observadores internacionais e imediatamente aceitou”, declarou.