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África do Sul mantém caso de genocídio contra Israel

África do Sul diz que mantém caso de genocídio contra Israel  - DR
África do Sul diz que mantém caso de genocídio contra Israel Imagem: DR

11/09/2024 23h19

Pretória - O caso de genocídio contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) continuará e a África do Sul apresentará um memorial no próximo mês, afirma a presidência deste pais num comunicado.

“A África do Sul pretende fornecer fatos e evidências para provar que Israel está cometendo o crime de genocídio na Palestina”, refere o comunicado citado pela agência turca de notícias Anadolu.

“Esse caso continuará até que a Corte tome uma decisão. Enquanto o caso estiver em andamento, esperamos que Israel cumpra as ordens provisórias da Corte emitidas até o momento.”

As observações foram feitas em meio a relatos de que diplomatas israelitas estão sendo instruídos a fazer lobby junto a membros do Congresso dos EUA para pressionar a África do Sul a desistir do caso.

A África do Sul disse que seu caso de genocídio contra Israel representa um esforço global crescente para garantir a paz no Médio Oriente.

Vários países, acrescentou, como Turquia, Nicarágua, Palestina, Espanha, México, Líbia e Colômbia, juntaram-se ao caso, que começou a ter audiências públicas em Janeiro.

A África do Sul entrou com o processo no tribunal, sediado em Haia, no final de 2023, acusando Israel, que bombardeia Gaza desde Outubro do ano passado, de não cumprir os seus compromissos com a Convenção sobre Genocídio de 1948.

Em Maio, a Suprema Corte ordenou que Israel interrompesse a sua ofensiva na cidade de Rafah, no sul de Gaza.

Essa foi a terceira vez que o painel de 15 juízes emitiu ordens preliminares buscando controlar o número de mortos e aliviar o sofrimento humanitário no enclave bloqueado, onde as vítimas chegam a mais 40 mil, segundo a imprensa e as organizações não governamentais que trabalham na região.

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