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Mais de 17.1 milhões de eleitores elegem novo PR e deputados em Moçambique

Eleições em Moçambique
Eleições em Moçambique Imagens: DR

Redacção

Publicado às 11h01 09/10/2024 - Actualizado às 11h01 09/10/2024

Maputo - As eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais em Moçambique decorrem, esta quarta-feira, para eleger o Presidente da República, os 250 deputados e os governadores.

Sáo as sétimas eleições gerais (presidenciais e legislativas) e as quartas das assembleias provinciais, que inclui a eleição dos governadores, desde a introdução da democracia multipartidária no país, em 1990.

De acordo com o site moçambicano cartazmz.com, um total de 17 milhões 163 mil 686 eleitores estão registados, em todo o país e no estrangeiro, para eleger o novo Presidente da República e os novos 250 deputados, que compõem a Assembleia da República.

Igualmente, são esperados um total de 16 milhões 153 mil e 90 eleitores, em todas as províncias do país, com a excepção da cidade de Maputo, para a eleição dos novos governadores provinciais e dos novos membros das assembleias provinciais.

Na corrida ao Palácio da "Ponta Vermelha", residência oficial do Chefe de Estado moçambicano, concorrem quatro candidatos, nomeadamente Lutero Chimbirombiro Simango, de 60 anos de idade, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daniel Francisco Chapo, de 47 anos de idade, secretário-geral da Frelimo, Venâncio António Bila Mondlane, de 50 anos de idade, candidato independente suportado pelo partido PODEMOS, e Ossufo Momade, de 63 anos de idade, presidente da Renamo.

Dos quatro candidatos aprovados pelo Conselho Constitucional, a 24 de Junho passado, três concorrem pela primeira vez, sendo que Ossufo Momade é o único que se candidata ao cargo pela segunda vez consecutiva, depois de ter perdido a eleição presidencial de 2019, com 21,88 por cento dos votos, num escrutínio vencido por Filipe Nyusi, da Frelimo, com 73 por cento da votação.

O candidato vencedor das actuis eleições será o quinto Presidente da República, desde a independência de Moçambique, em 1975, depois de Samora Moisés Machel (1975-1986), Joaquim Alberto Chissano (1986-2005), Armando Guebuza (2005-2015) e Filipe Nyusi (que governa o país desde 2015).

Para as legislativas destinadas à eleição dos deputados concorrem 37 formações políticas e grupos de cidadãos eleitores, com destaque para a Frelimo, a Renamo, o MDM e o PODEMOS.  

Nas legislativas de 2019, a Frelimo venceu com 73,6 por cento dos votos, ocupando 184 assentos, dos 250 lugares do Parlamento moçambicano, seguido da Renamo, que obteve 24 por cento (60 lugares), e do MDM, com seis assentos (2,4 por cento dos votos).

Para assegurar o processo eleitoral, foram formados 184 mil 310 membros das mesas de voto, distribuidos por 26 mil 330 mesas de votação, das quais 602 na diáspora, que vão funcionar com quatro mil 214 membros.  

Os órgãos eleitorais garantiram à comunicação social estar tudo preparado para as eleições desta quarta-feira, assegurando que os materiais de votação já foram enviados a todos os distritos do país.

Por seu lado, as Forças de Defesa e Segurança garantem que o processo vai decorrer com a segurança dos eleitores, dos membros das mesas de voto e dos materiais de votação, na província de Cabo Delgado, assolada pelos ataques terroristas há sete anos.

Por seu turno, a Polícia da República de Moçambique (PRM) garante estar preparada para repelir quaisquer tentativas de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, tendo afirmado que não irá compactuar com o famoso “votou, sentou”, propalado pela oposição, como forma de controlar o voto.

De salientar que os resultados oficiais da votação deverão ser conhecidos até ao dia 24 do corrente mês, sendo que a nível distrital serão divulgados até ao dia 12 e, a nível provincial, até ao dia 14.

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