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Continente advoga saúde dos oceanos para a estabilidade climática global e futuro

Oceano
Oceano Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h04 10/10/2024 - Actualizado às 12h04 10/10/2024

Tanger (Marrocos) - A Comissária da União Africana, Josefa Correia Sacko, assegurou em Tânger, Marrocos, que a saúde dos oceanos é fundamental para a estabilidade climática global, conservação da biodiversidade, segurança alimentar e o futuro do ser humano.

A diplomata angolana intervinha no evento da consulta africana de preparação para a 3ª Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, a decorrer em Nice, França, tendo sublinhado que a Agenda 2063, o projecto de desenvolvimento de África, reconhece o papel da economia dos oceanos como um catalisador para a transformação do continente.

Indicou que "este reconhecimento baseia-se na riqueza dos nossos oceanos, mares, rios e lagos, que estão repletos de biodiversidade e contêm reservas de petróleo, gás e outros minerais, sendo que a conectividade proporcionada por estas massas de água permite o comércio e a comunicação entre África e o resto do mundo".

“África tem de desempenhar um papel de liderança na economia dos oceanos. Temos de nos afastar das importações líquidas e de sermos os receptores de tecnologia, para desenvolvermos uma economia azul/oceânica com elevados rendimentos que beneficiará não só o nosso povo, mas também o mundo”, frisou.

Josefa Sacko afirmou que a UA não quer somente ser meros participante na conversa global sobre questões relacionadas com os oceanos, mais sim, um actor central, pois, o que está em jogo é demasiado elevado para que África seja nada menos do que uma voz de liderança nestas discussões.

O Continente possui mais de 38 países costeiros, seis insulares, alberga alguns dos ecossistemas marinhos e de água doce mais críticos do mundo, mares e oceanos, incluindo os oceanos Atlântico, Índico e Austral, bem como,os mares Vermelho e Mediterrâneo.

No entanto, Josefa Sacko, garante que os oceanos encontram-se gravemente ameaçados pela sobrepesca, poluição, degradação dos solos, destruição dos habitats e pelos impactos recorrentes e iminentes das alterações climáticas.

No que diz respeito à UNOC-3, sob o tema “Acelerar a ação e mobilizar todos os actores para conservar e utilizar de forma sustentável o oceano”, avançou que a agenda de desenvolvimento de África, tal como está encapsulada na Agenda 2063 e na Estratégia Africana para a Economia Azul, deve continuar a ser fundamental para estes esforços.

Salientou que a Comissão da União Africana, em colaboração com os Estados Membros Africanos, defende as prioridades-chave, nomeadamente, o reforço das parcerias regionais e internacionais, da cooperação e da coordenação, reforço da capacidade africana em matéria de ciência, tecnologia e inovação, promoção de uma governação inclusiva dos oceanos e da economia azul.


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