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Cinco funcionários de órgão eleitoral de Moçambique detidos por alegado roubo

Eleições em Moçambique
Eleições em Moçambique Imagens: DR

Redacção

Publicado às 22h49 13/10/2024 - Actualizado às 22h49 13/10/2024

Luanda - O director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), Evaristo Vileta, do distrito de Nampula, em Moçambique, foi detido, este sábado, por suspeita de envolvimento no desvio de dinheiro dos membros das mesas de voto das eleições gerais.

De acordo com o director do STAE da província de Nampula, Luís Cavalo, para além de Evaristo Vilela,  outros quatro funcionários da instituição foram também detidos pelo Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), pela mesma suspeita.

Os funcionarios são acusados de ter desviado 1,3 milhões de meticais (cerca de 18 mil 660 euros), que de destinavam ao pagamento de subsídios a 300 membros das mesas de voto destinadas às eleições gerais moçambicanas, realizadas a 09 do corrente mês.

"Até agora recuperamos 400 mil meticais (4.300 euros) e a outra parte (do dinheiro) arranjámos junto de parceiros", adiantou Luís Cavalo aos jornalistas.

Foram apontadas várias irregularidades nas eleições de Moçambique, por parte dos observadores das missões de observação da União Europeia, União Africana e CPLP, assim como pelo Instituto Republicano Internacional (IRI), financiado pelos EUA, e observadores da Commonwealth.

Um total de 17 milhões 163 mil 686 eleitores estão registados, em todo o país e no estrangeiro, e votaram para eleger o novo Presidente da República, 250 deputados, 10 governadores provinciais e 794 membros das assembleias provinciais.

Para a presidência da moçambicana, concorrem quatro candidatos, nomeadamente Lutero Chimbirombiro Simango, de 60 anos de idade, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daniel Francisco Chapo, de 47 anos de idade, secretário-geral da Frelimo, Venâncio António Bila Mondlane, de 50 anos de idade, candidato independente suportado pelo partido PODEMOS, e Ossufo Momade, de 63 anos de idade, presidente da Renamo.

O candidato vencedor das actuais eleições será o quinto Presidente da República, desde a independência de Moçambique, em 1975, depois de Samora Moisés Machel (1975-1986), Joaquim Alberto Chissano (1986-2005), Armando Guebuza (2005-2015) e Filipe Nyusi (que governa o país desde 2015).

Para as legislativas concorreram 37 formações políticas e grupos de cidadãos eleitores, com destaque para a Frelimo, a Renamo, o MDM e o PODEMOS. 

Asseguraram o processo eleitoral, 184 mil 310 membros das mesas de voto, distribuídos por 26 mil 330 mesas de votação, das quais 602 na diáspora.

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