África

África


PUBLICIDADE

Confrontos entre polícia e manifestantes gera caos em Maputo

Confrontos entre polícia e manifestantes gera caos em Maputo
Confrontos entre polícia e manifestantes gera caos em Maputo Imagens: DR

Redacção

Publicado às 01h43 22/10/2024

Maputo - A Polícia da República de Moçambique (PRM), através da sua Unidade de Intervenção Rápida (UIR), impediu a manifestação convocada para segunda-feira pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, em repúdio, por um lado, aos resultados eleitorais e, por outro, ao assassinato bárbaro do advogado Elvino Dias e do mandatário nacional do PODEMOS Paulo Guambe, ocorrido sábado, em Maputo.

Logo pela manhã a UIR já estava posicionada na Praça da OMM, junto ao local onde estava agendada a concentração dos manifestantes a nível da cidade e província de Maputo, munida de blindados, cães e gás lacrimogéneo, segundo o jornal Carta de Moçambique.

Antes mesmo de os manifestantes iniciarem a marcha, a Polícia começou a lançar gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, facto que exacerbou os ânimos dos apoiantes de Venâncio Mondlane.

Os minutos seguintes transformaram-se em caos, sobretudo nas Avenidas Joaquim Chissano, Milagre Mabote, Acordos de Lusaka, Vladimir Lenine e na Rua da Resistência. Uma chuva de pedras foi lançada contra Polícia, enquanto esta respondia com gás lacrimogéneo.

Postes de iluminação pública e painéis publicitários foram derrubados pelos manifestantes para servir de barricadas.

Foram, igualmente, queimados pneus em plena via pública. Uma viatura do Serviço Nacional de bombeiros foi destruída pelos manifestantes, quando tentava apagar o fogo na via pública.

Viaturas particulares e de reportagem "não" escaparam à fúria popular. Aliás, um repórter de imagem da STV ficou ferido, quando um invólucro de gás lacrimogéneo explodiu junto aos seus pés. O jornalista encontra-se internado no Hospital Central de Maputo.

O mesmo jornal relata que a manifestação de segunda-feira foi convocada por Venâncio Mondlane, inicialmente, como de paralisação da actividade económica, através de uma greve geral.

Entretanto, o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe, mandatários de Venâncio Mondlane e PODEMOS, respectivamente, levou o candidato suportado pelo PODEMOS a convocar uma marcha pacífica em todo país.

Venâncio António Bila Mondlane acusa as Forças de Defesa e Segurança (FDS) de serem os autores da morte de advogado Elvino Dias e do mandatário nacional do PODEMOS Paulo Guambe.

PUBLICIDADE