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Alterações climáticas ameaçam ganhos de desenvolvimento do continente

Josefa Sacko
Josefa Sacko Imagens: Cedida

Tito Pio

Publicado às 12h53 14/11/2024 - Actualizado às 12h53 14/11/2024

Baku, Azerbaijão - A Comissária da União Africana Josefa Correia Sacko, reafirmou em Baku, Azerbaijão, que as alterações climáticas constituem uma ameaça para as economias de África e coloca em risco os ganhos de desenvolvimento do continente.

Josefa Sacko, que intervinha no evento das Nações Unidas sobre das realizações climáticas de África e a importância dos quadros politicos estratégicos, da conferência das partes(COP29) para avaliar a situação das mudanças climáticas no planeta, considerou que essas alterações são existencial para as comunidades, os ecossistemas,a sua prosperidade, incluindo os meios de subsistência da população.

Para enfrentar este desafio, disse que África desenvolveu uma resposta colectiva e regional às alterações climáticas e um plano de acção, tanto para reforçar a capacidade de adaptação e a resiliência do continente, como para alcançar a longo prazo um desenvolvimento transformador, com baixas emissões e resistente ao clima.

Disse que, neste particular, a estratégia e plano de ação da UA para as alterações climáticas e o desenvolvimento resiliente procura harmonizar a abordagem do continente a este mal durante a próxima década, estabelecendo os princípios orientadores, as prioridades e as áreas de ação para uma maior cooperação climática.

Sublinhou que a estratégia e os actuais esforços dos países africanos em matéria de clima, fornece um quadro em torno do qual África, enquanto continente, pode construir sociedades resilientes, desbloquear o potencial de atenuação, aproveitar as oportunidades de uma economia verde florescente e desenvolver parcerias para apoiar uma transição justa, inclusiva e equitativa.

“Um factor determinante para o êxito da estratégia a longo prazo será a sua capacidade de transformar estas intenções prescritivas em acções significativas, identificando pontos de entrada específicos para uma execução conjunta”, frisou.

A diplomata angolana garantiu que a natureza desta temática está especialmente centrada nos objectivos amplos enquadrados na Agenda 2063, bem como, no seu programa de estímulo verde e no plano de ação para a recuperação verde e procura ainda alinhar-se com uma série de quadros globais, incluindo os objectivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, o quadro de Sendai para a redução do risco de catástrofes e a Convenção sobre a diversidade biológica.

Fez saber, que com base nos desafios e oportunidades comuns que o continente enfrenta, que inclui planos para alavancar as dotações naturais, o potencial das energias renováveis, as soluções baseadas na natureza, as vias industriais transformadoras, as abordagens da economia verde e circular, constituem pontos fortes da estratégia.

A Comissária da UA frisou que foi criado a unidade de financiamento climático, que tem trabalhado de forma a concretizar o pilar de um plano para mobilizar recursos para apoiar os Estados-Membros e o desenvolvimento e implementação de programas multi-países para as alterações climáticas.

Por outro lado, assegurou que em consonância com a exploração de potenciais financiamentos inovadores para o clima, a Comissão da União Africana tem em vista uma plataforma crucial para o continente explorar as potenciais opções que são os mercados de carbono para alavancar e obter as oportunidades e benefícios adequados neste sector emergente.

A concluir, exortou os Estados-Membros a esforçarem-se por resolver os défices e as lacunas de governação e a criarem instituições mais fortes, de forma, podem mitigar a miríade de desafios que têm impedido a maioria dos países de traduzir as suas contribuições nacionalmente determinadas em resultados concretos de desenvolvimento sustentável.

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