Namibianos votam em eleições presidenciais e legislativas


Windhoek - Cerca de um milhão e 400 mil eleitores participam, esta quarta-feira, nas sétimas eleições gerais do país, desde a Independência Nacional, em 1990, para eleger o Presidente e os 194 deputados à Assembleia Nacional da Namíbia.
As eleições gerais antecipadas foram convocadas, por força da morte, em Fevereiro do corrente ano, do Presidente Hage Geingob, aos 82 anos, cujo mandato terminaria apenas a de Março de 2025, tendo sido sucedido pelo seu Vice-Presidente, Nangolo Mbumba, que não está a concorrer.
Concorrem às eleições 15 partidos políticos, entre os quais, a SWAPO.
Pela SWAPO, partido no poder na Namíbia, desde a independência, é candidata a actual Vice-Primeira-Ministra, Netumbo Nandi-Ndaitwah, que foi confirmada numa reunião extraordinária do Comité Central do seu partido, realizada a 09 de Março do corrente ano.
Nandi-Ndaitwah terá como principais opositores Panduleni Itula, do Partido Independente para Mudança (IPC),McHenry Venaani, Movimento Democrático Popular (MDP), e Henry Ferdinand Mudge, Partido Republicano (RP).
Para além da eleição do novo presidente, os eleitores vão escolher também os futuros 194 deputados da Assembleia Nacional.
O elevado desemprego, as alegações de corrupção e a desigualdade estão a desafiar os apoios à SWAPO, que venceu, com 56 por cento, as eleições presidenciais de 2019, contra 87 por cento, em 2014.
A Namíbia é liderada pelo presidente interino Nangolo Mbumba, que assumiu o poder em Fevereiro, mas que não concorre nestas eleições.
O país ocupa o segundo lugar a nível mundial em termos de desigualdade de rendimentos, a seguir à vizinha África do Sul, segundo números do Banco Mundial, que sublinha que ambos os países passaram várias décadas sob o domínio da minoria branca.