Fronteira entre Moçambique e África do Sul já foi reaberta

Maputo - A fronteira de Ressano Garcia, entre Moçambique e África do Sul, a maior travessia terrestre moçambicana, reabriu sábado, após vários dias de condicionamento e encerramento devido aos tumultos pós-eleitorais.

O encerramento causou enormes prejuízos, de acordo com a autoridade tributária de Moçambique, que avalia a perda de receitas na ordem de 400 milhões de Meticais, (mais de 5,8 mil milhões de Kwanzas), em apenas 8 dias.

A fronteira de Ressano Garcia voltou a funcionar depois de vários dias encerrada, devido aos protestos contra os resultados eleitorais anunciados pela Comissão Nacional de Eleições.

Foram verificados actos de vandalização e destruição de infraestruturas bem como a queima de viaturas do serviço nacional de migração por parte de um grupo de manifestantes após a policia ferir um destes.

Fernando Tinga, porta-voz da Autoridade Tributária se Moçambique anunciou o montante dos prejuízos: "Do ponto de vista de perdas, são 1.7 mil milhões de meticais por 30 dias, ou seja 50 milhões de meticais por dia, logo podemos imaginar que foram oito dias perdidos. As perdas andam em torno de 400 milhões de meticais".

Os sistemas moçambicanos foram restaurados e as actividades de processamento foram retomadas no posto de controlo. A circulação de viaturas, de pessoas e os seus bens faz-se de forma segura.

"Portanto, a parte aduaneira está a fazer o seu trabalho. Em complementaridade temos também as outras forças de defesa e segurança a cobrirem o perímetro para conferir segurança física a pessoas e aos bens que estão a transitar", avançou ainda o responsável.

O Ministro do Transportes e Comunicações, Mateus Magaia, visitou neste Domingo, a fronteira de Ressano Garcia, a maior faixa terrestre do país que liga Moçambique e a África do Sul.