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Mais de 900 garimpeiros moçambicanos detidos na África do Sul

Mais de 900 garimpeiros moçambicanos detidos na África do Sul - DR
Mais de 900 garimpeiros moçambicanos detidos na África do SulImagem: DR

07/12/2024 10h38

Joanesburgo - Novecentos e dezanove moçambicanos estão entre os cerca de mil e quatrocentos garimpeiros que saíram, sexta-feira, da mina de ouro abandonada de Stilfontein, na província de North West, e foram detidos pela polícia sul-africana.

O facto foi anunciado pelo comadante-geral da polícia sul-africana, Fannie Masemola, que acrescentou que o grupo de detido inclui ainda 382 zimbabweanos, 69 basuthos e 13 sul-africanos.

Masemola confimou ainda que da mina de Stilfontein foram recuperados seis cadáveres de supostos garimpeiros, mas não revelou a nacionalidade dos mesmos.

Na mina abandoana de Sábie, na província de Mpumalanga, foram já resgatados 16 mineiros ilegais e três corpos sem vida.

Há quase duas semanas que a polícia sul-africana monitoriza atentamente a referida mina, situada a cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Joanesburgo.

A mina terá mais de 2 quilómetros de profundidade e a única forma de descer ou subir é através de uma corda.

Acredita-se que centenas de mineiros ilegais enfrentam condições muito difíceis no interior do poço, depois de a polícia ter bloqueado o abastecimento de comida e água à mina, numa tentativa de os forçar a saída dos garimpeiros.

Os agentes de segurança também impediram os habitantes da região de fornecer ajuda aos garimpeiros.

A ministra da Presidência da África do Sul, Khumbudzo Ntshaveni, disse aos jornalistas na semana passada que o “Governo não iria enviar ajuda aos mineiros ilegais, por estarem envolvidos em actos criminosos”.
"Honestamente, não vamos enviar ajuda a criminosos, vamos expulsá-los", avisou.

Entretanto, o Presidente Cyril Ramaphosa afirmou, no seu comunicado semanal, que não se deve colocar vidas em risco no impasse entre a polícia e as centenas de garimpeiros e que estes mineiros ilegais devem ser resgatados em segurança.

O chefe de Estado demonstrou o seu apoio à operação policial e ao corte do abastecimento de alimentos de água, reforçando que os garimpeiros têm de sair da mina de ouro abandonada.

Reconhecendo "o grande debate público sobre os direitos dos mineiros ilegais”, Ramaphosa disse que as autoridades "tudo farão para reduzir o risco de danos aos garimpeiros”.

 

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