COMBUSTíVEIS
Malawi suspende importação de combustíveis a partir de Moçambique
13/12/2024 22h20
Blantyre - Companhias de petróleo do Malawi suspendem parcialmente a importação de combustível desde o Porto da Beira, face as manifestações violentas pós-eleitorais, que ocorrem em alguns pontos da região centro de Moçambique.
A situação, agudizou a crise de combustível na região sul do Malawi, sobretudo na cidade de Blantyre, que actualmente importa combustível a partir do Porto de Dar-Es-Salaam, Tanzânia, num percurso mais longo em relação à Beira.
Aliás, o Malawi importa 50% do seu combustível através da Beira e 20% através de Nacala, ambos em Moçambique, enquanto Dar es Salam, na Tanzânia, movimenta 30%, de acordo com a Autoridade Reguladora de Energia do Malawi.
Com as manifestações violentas em alguns pontos do centro de Moçambique, Malawi passou a importar cerca de 80% de combustível a partir da Tanzânia, facto que veio agudizar a falta deste produto nas estações de abastecimento.
A Companhia Nacional de Petróleos, a Associação dos Transportadores do Malawi e a Associação de Retalhistas do Malawi, afirmam que a situação actual é volátil.
O porta-voz da Companhia Nacional de Petróleos do Malawi, Raymond Likambale,deu a conhecer que face aos protestos pós-eleitorais em Moçambique que afectaram o transporte de combustível, o produto passará a ser transportado desde Tanzânia até que a situação das manifestações em Moçambique se normalize.
Assegurou que cerca de um milhão de litros de diesel estão à caminho do Malawi, via férrea desde o Porto de Nacala, mas a circulação das locomotivas está sendo condicionada por causa dos protestos.
Estima-se que o Malawi consome, diariamente, cerca de um milhão de litros de gasolina e gasóleo.