Angola anuncia o relançamento da cooperação bilateral com São Tomé e Príncipe
São tomé - O embaixador de Angola em São Tomé e Príncipe, Fidelino de Jesus, disse, esta quarta-feira, ter-se deslocado ao Palácio do Governo para se colocar à disposição do novo Primeiro-ministro, Américo Ramos, para juntos relançarem a cooperação bilateral, que ficou pouco dinâmica, nos últimos dois anos.
"Colocar-me à disposição do senhor primeiro-ministro para fazermos o esforço que estiver ao nosso alcance para o relançamento das nossas relações de cooperação. Houve o entendimento de que ela deve ser relançada e dinamizada», declarou o embaixador Fedelino de Jesus Ganda, em declarações retomadas pelo site Tela Non (telanon.info).
Desde a independência nacional, em 1975, que Angola é um parceiro estratégico de São Tomé e Príncipe fornecendo combustíveis, sendo a petrolífera angolana, SONANGOL, a proprietária da empresa santomense que distribui e vende combustíveis, a ENCO.
Segundo o site, por causa do fornecimento a crédito dos combustíveis, São Tomé e Príncipe acumulou a sua maior dívida externa exactamente com Angola.
Desde 2023, Angola decidiu fornecer os combustíveis a pronto pagamento.
As reservas cambiais externas de São Tomé e Príncipe diluíram, o GAP Externo cresceu e o crescimento económico do país estagnou.
Para aliviar o GAP externo e a diluição das reservas externas, São Tomé e Príncipe pode precisar mais uma vez da solidariedade de Angola.
Questionado pelo site Téla Nón o embaixador Fedelino de Jesus Ganda esclareceu que "as áreas específicas são tratadas pelas instâncias competentes da cooperação bilateral", enquadrando-se no âmbito da cooperação comercial, através de instrumentos que permitem abordar e avaliar as questões.
A mensagem de relançamento da cooperação bilateral com o novo governo da ADI mas, liderado por Américo Ramos encontra eco em vários factos.
A nível diplomático o anterior governo de Patrice Trovoada não conseguiu colocar um novo embaixador de São Tomé e Príncipe em Angola. O nome apresentado pelo anterior governo, não recebeu o agrément de Luanda, nos últimos dois anos.
Mesmo assim, o embaixador angolano realçou a excelência das relações entre os dois países.
Uma relação que tem história, amizade fraterna e consanguinidade. «As nossas relações são históricas e de consanguinidade. Na medida do possível vamos prestar o apoio nas mais diferentes formas», concluiu.
São Tomé e Príncipe e Angola viram a página e abrem uma nova etapa na cooperação bilateral.