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Multinacional IBM sai da Nigéria e de outros mercados africanos

Multinacional IBM sai da Nigéria e de outros mercados africanos
Multinacional IBM sai da Nigéria e de outros mercados africanos Imagens: DR

Redacção

Publicado às 05h17 08/02/2025

Lagos - A gigante americana da tecnologia IBM vai sair da Nigéria, do Ghana e de outros mercados africanos, nas próximas semanas, na sequência de uma reestruturação das suas operações em 36 países do continente, segundo um comunicado divulgado pela referida empresa.

A empresa vai transferir as suas funções regionais para a MIBB, uma filial do Grupo Midis, que a partir do dia 1 de Abril será responsável por comercializar o software, hardware, cloud e serviços de consultoria da IBM nestas regiões, segundo o portal Further Africa.

“A IBM está a estabelecer uma parceria com a MIBB, para lançar um modelo operacional alternativo e continua empenhada em fazer negócios em África. Continuaremos a investir e a inovar, inclusive através do desenvolvimento contínuo da tecnologia de Inteligência Artificial (IA) e nuvem híbrida mais avançada do sector, para garantir o sucesso dos nossos clientes”, afirma a empresa num comunicado.

A gigante enfatizou que isso não afectará a capacidade dos clientes de comprar produtos e serviços IBM.

Tendo operado na Nigéria por mais de 50 anos, desempenhou um papel crucial na formação do cenário tecnológico do país, oferecendo infra-estrutura e serviços de consultoria para sectores-chave como bancos, telecomunicações, petróleo e gás e Governo.

Além disso, esta não é a primeira vez que a empresa reduz a sua presença no país, uma vez que já diminuiu anteriormente as suas operações em resposta aos desafios do mercado.

A IBM junta-se a uma lista crescente de empresas tecnológicas que estão a sair da Nigéria. Por exemplo, no ano passado, a Microsoft encerrou o seu Centro de Desenvolvimento em África, na cidade nigeriana de Lagos, com mais de 100 engenheiros.

Para além das empresas tecnológicas, multinacionais como a Kimberly-Clark, a Pick n Pay, a Diageo e a Holcim abandonaram o país devido a um ambiente económico difícil, marcado pela inflação e pelo baixo poder de compra dos consumidores.

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