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Banco Africano de Energia inicia operações este ano

Banco Africano de Energia inicia operações este ano
Banco Africano de Energia inicia operações este ano Imagens: DR

Redacção

Publicado às 05h24 08/02/2025

Lagos - O Banco Africano de Energia, uma nova organização destinada a financiar projectos de petróleo e gás no continente, deverá iniciar operações ainda este ano.

O anúncio foi feito sexta-feira pelo vice-presidente do Banco Africano de Importação-Exportação (Afreximbank), Denys Denya, em declarações à agência Reuters.

A iniciativa resulta de uma parceria entre o Afreximbank e a Organização Africana de Produtores de Petróleo (APPO), com sede na Nigéria.

O banco começará com uma capitalização de cinco mil milhões de dólares e oferecerá soluções de financiamento personalizadas para atender às necessidades energéticas de África.

Está previsto que cada país africano, membro da iniciativa, contribua com um mínimo de 83 milhões de dólares para um total de 1,5 mil milhões de dólares, enquanto o Afreximbank e a APPO deverão igualar este montante, somando três mil milhões de dólares.

Os restantes dois mil milhões deverão ser obtidos junto de outros investidores, incluindo fundos soberanos do Médio Oriente.

Actualmente, a lacuna de financiamento de energia em África está estimada entre 31 e 50 mil milhões de dólares. Apesar das promessas de receber financiamento climático do norte global, África, onde mais de 600 milhões de pessoas vivem sem acesso à electricidade, recebe menos de 3% do investimento global em energia.

Embora o banco já esteja na fase de captação de capital, Denya revelou estar em conversações com vários países, incluindo a África do Sul e Angola, que já demonstraram interesse em participar nas iniciativas de desenvolvimento da nova organização em benefício do continente.

O Banco Africano de Energia visa financiar projectos energéticos em África, com foco especial nas energias fósseis, numa altura em que a transição energética global está a reduzir os investimentos em combustíveis fósseis.

Grupos ambientalistas têm pressionado os principais bancos internacionais a parar de financiar tais projectos devido ao aquecimento global.

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