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Moçambique: Daniel Chapo eleito Presidente da Frelimo

FRELIMO escolhe Daniel Chapo como candidato a Presidente da República
FRELIMO escolhe Daniel Chapo como candidato a Presidente da República Imagens: DR

Redacção

Publicado às 09h01 15/02/2025

Maputo - O Comité Central da Frelimo elegeu, esta sexta-feira, Daniel Chapo ao cargo de presidente do partido, em substituição de Filipe Nyusi, depois de ter assumido a presidência do país, em Janeiro último. 

“Este é um momento especial para o nosso partido e de muita responsabilidade, por estarmos a assumir este grande partido, que começou a construir Moçambique, a partir de 1962", afirmou Daniel Chapo no seu discurso, depois da eleição.

Agradeceu o "voto de confiança que os camaradas membros do Comité Central, que representa milhões de membros, simpatizantes, militantes e população moçambicana em geral”.

Sobre o país, o também Presidente da República reafirmou que vai continuar a "trabalhar com todos para consolidar a paz, a unidade nacional e o desenvolvimento do país".

Afirmou que "não há ninguém que pode dirigir um país como Moçambique e garantir o bem-estar dos moçambicanos sozinho", e concluiu que "tal tarefa só é possível com unidade, independentemente das diferenças raciais, étnicas ou religiosas".

Por seu lado, o presidente cessante do partido, Filipe Nyusi, encorajou Daniel Chapo a "prosseguir com firmeza, para que, sob a sua liderança, o país possa enfrentar com sucesso os desafios da actualidade e outras ameaças que atrasam o desenvolvimento do país”.

Filipe Nyusi reconheceu a existência de um debate a exigir a separação do presidente do partido da Chefia do Estado, mas remeteu o assunto para o Congresso da Frelimo.

“Enquanto a decisão não for tomada, tomamos a iniciativa de entregar a liderança ao actual ciclo governativo”, afirmou reiterando a necessidade de assegurar a “unicidade de comando” porque, enfatizou,  "poderá reforçar a coesão interna do partido".

Daniel Chapo tomou posse como Presidente da República, a 15 de Janeiro último, depois de um conturbado processo eleitoral, cujos resultados não foram aceites pelos partidos da oposição.

O segundo candidato presidencial mais votado, de acordo com os dados oficiais, Venâncio Mondlane, convocou protestos, a 24 de Outubro do ano passado, que se prolongaram por três meses, e que resultaram, segundo a ONG Plataforma Decide, em 327 mortos, 750 feridos e mais de quatro mil detidos, em todo o país.

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