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Rebeldes do M23 retiram forças da cidade de Walikale

Rebeldes do M23 retiram forças da cidade de Walikale
Rebeldes do M23 retiram forças da cidade de Walikale Imagens: DR

Redacção

Publicado às 17h28 22/03/2025

Kinshasa - A Aliança do Rio Congo (AFC, sigla em francês), que inclui o grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23), anunciou este sábado a retirada das suas forças da cidade de Walikale, na República Democrática do Congo (RDC).

"Em conformidade com o cessar-fogo unilateral declarado em 22 de Fevereiro de 2025, e para apoiar as iniciativas de paz destinadas a promover condições propícias a um diálogo político para abordar as causas profundas do conflito no leste da RDC, o AFC-M23 decidiu deslocar as suas forças da cidade de Walikale [na província de Kivu do Norte] e arredores", anunciou o porta-voz do grupo rebelde, Lawrence Kanyuka, na rede social X.

"Apelamos aos habitantes de Walikale e aos seus líderes comunitários para que tomem as medidas necessárias para garantir a segurança e a proteção da população civil e dos seus bens durante esta transição", acrescentou Kanyuka.

O M23 assumiu o controlo de Walikale, o centro administrativo do território de Walikale e uma região rica em minerais, especialmente ouro, na passada quarta-feira à noite.

Walikale, que tem cerca de 15 mil habitantes, está situada a pouco mais de 120 quilómetros a noroeste de Goma, a capital do Kivu do Norte, que foi ocupada pelo M23 em Janeiro.

O porta-voz dos rebeldes advertiu, no entanto, que "qualquer provocação ou novos ataques" do exército congolês e dos seus aliados "contra a população civil, incluindo as zonas libertadas" e as suas "posições, resultarão numa reversão automática desta decisão".

Kanyuka sublinhou que a AFC-M23 "continua empenhada" numa resolução pacífica do conflito e reiterou o seu compromisso de "proteger e defender a população civil, bem como as suas posições".

Os rebeldes tomaram Walikale no dia seguinte ao início de um diálogo de paz directo entre a RDC e o M23 em Angola, o país mediador do conflito, mas que não se concretizou por cancelamento do M23, na sequência da imposição de sanções da União Europeia contra alguns dos seus líderes.

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