BAD debate resiliência climática na Cimeira Africana da Economia Verde

Abidjan - O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) marcou presença na terceira edição da Cimeira Africana da Economia Verde (AGES), realizada na Cidade do Cabo, África do Sul, e que reuniu decisores políticos, especialistas, sector privado e outras partes interessadas para debater a transição ecológica do continente.

De acordo com um comunicado oficial da instituição, o evento, que decorreu de 18 a 21 de Fevereiro de 2025, sob a égide da União Africana, abordou igualmente a necessidade urgente de mais investimentos na resiliência climática.

Sob o tema “Construir uma África resiliente às alterações climáticas: Catalisar o Investimento e a Inovação nas Economias Verde e Azul”, o evento abordou cinco áreas cruciais: financiamento climático, biodiversidade e natureza, reformas verdes, cidades resilientes e industrialização verde.

Os debates destacaram o vasto potencial de África em energias renováveis, minerais essenciais para a transição energética global e soluções climáticas inteligentes.
Durante a cerimónia de abertura, Anthony Nyong, director de Alterações Climáticas e Crescimento Verde do BAD, sublinhou que “África tem enormes oportunidades para liderar os esforços globais de transição para uma economia verde”.

No entanto, alertou para o subfinanciamento da adaptação climática, que recebe menos de 10% dos fluxos globais de financiamento climático, enquanto a mitigação continua a ser priorizada.

Nyong apelou ainda à triplicação dos fluxos de financiamento climático e dos investimentos ecológicos em África, destacando que “juntos, podemos construir uma África que prospere em harmonia com a natureza”.

O BAD participou activamente na cimeira, organizando mesas redondas e actividades que reforçaram o seu papel de liderança na transição dos países africanos para a resiliência climática e o desenvolvimento sustentável.

Como “patrocinador de platina”, o BAD esteve presente em várias discussões, reforçando a sua visão estratégica apresentada no seu Quadro para as Alterações Climáticas e o Crescimento Verde 2021-30.

Harsen Nyambe, director de Economia Azul e Ambiente Sustentável da União Africana, afirmou que a cimeira é “um elo vital entre o capital global e os projectos sustentáveis no continente”, destacando a importância de fortalecer parcerias internacionais.