Angola anuncia contribuição de cinco milhões de dólares para CDC - África


Luanda - O Presidente de Angola, João Lourenço, que detém actualmente a presidência em exercício da União Africana (UA), anunciou uma contribuição voluntária de cinco milhões de euros para o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC-África)
Um comunicado de imprensa do CDC África, adianta que o Presidente angolano, "num forte acto de solidariedade continental", anunciou "uma contribuição voluntária histórica de cinco milhões de dólares, reafirmando a liderança e o compromisso duradouro de Angola no reforço da segurança sanitária regional e do financiamento sustentável da saúde".
Este anúncio foi feito após uma reunião realizada, esta segunda-feira, em Luanda, entre João Lourenço e o director-geral do CDC África, Jean Kaseya, que abordou as prioridades regionais de saúde e a necessidade urgente de mitigar o impacto do declínio da ajuda, esclarece o comunicado, citado pela Lusa.
Na opinião de Kaseya, citado no comunicado, a "liderança do Presidente João Lourenço, reflecte a determinação colectiva de África em financiar o futuro da sua saúde".
O comunicado de imprensa refere que o estadista angolano comprometeu-se em convocar um comité de Chefes de Estado africanos para defender a execução da estratégia continental do CDC África "Repensar o financiamento da saúde africana numa nova era", uma resposta ao declínio acentuado de 70 por cento na assistência externa ao desenvolvimento para a saúde em todo o continente.
De acordo com um comunicado da presidência angolana, será instalada uma fábrica de mosquiteiros "que poderá servir não apenas o país, mas também o continente".
O CDC África anunciou o seu apoio a esta iniciativa, que promove a produção local.
Na opinião de Jean Kaseya, Angola tem tido um papel essencial na promoção da solidariedade continental.
Esta segunda-feira, em Luanda, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Governo angolano anunciaram que vão intensificar a resposta nacional à actual epidemia de cólera.
Por seu lado, o Grupo Parlamentar do MPLA destacou que a epidemia de cólera em Angola é "um grave desafio", reconhecendo os esforços do seu Executivo para conter e mitigar os seus efeitos.
Desde o seu início, na primeira semana de Janeiro do corrente ano, a epidemia de cólera em Angola já provocou 524 mortos em 14.971 casos reportados, afectando 17 das 21 províncias do país.