TECNOLOGIA

Inteligência Artificial: oportunidade ou ameaça?

Robô - Envato
RobôImagem: Envato

13/12/2023 11h57

Uma mudança mundial que assusta tanto quanto fascina.

Em apenas alguns meses, a Inteligência Artificial (IA), particularmente a generativa, estabeleceu-se nas nossas vidas. Imagens falsas, mas tão realistas que mostram o Papa Francisco de casaco, robôs de aprendizagem com os quais iniciamos o diálogo ou a quem confiamos as nossas dissertações, com mais ou menos sucesso.

Não bastam as bibliotecas digital e virtual.

Além dos exemplos que chamam a atenção do grande público, há também usos mais discretos da IA no dia a dia dos negócios, como, por exemplo, traduzir textos, melhorar sons e corrigir linhas de código.

O mercado global de Inteligência Artificial generativa deverá atingir 53,9 mil milhões de dólares em 2028, de acordo com a empresa de investigação norte-americana ReportLinker.

A rapidez de execução e o leque de possibilidades são cativantes. Mas um medo também espreita por trás - o de sermos varridos e substituídos. E anúncios de certas empresas nem sempre são tranquilizadores.

Recupere o controlo sobre a IA

Se hoje parece fútil tentar travar o aumento da IA, a forma como esta deve ser utilizada, ou mesmo regulamentada, está no centro do debate.

É interessante notar a perspectiva da pesquisadora do MIT, Pattie Maes, que destaca a importância de uma abordagem cautelosa no desenvolvimento da IA. Sua sugestão de abrandar o ritmo do avanço dessa tecnologia busca favorecer a criação de modelos virtuosos, nos quais os seres humanos mantêm o controlo.

Essa abordagem reflecte uma preocupação ética e prudencial diante do rápido progresso da Inteligência Artificial. O termo "modelos virtuosos" sugere a procura por sistemas de IA que operem de maneira ética, benéfica e alinhada com os valores humanos. Manter o controlo humano sobre esses sistemas é crucial para garantir que as decisões e ações da IA estejam alinhadas aos interesses e valores humanos.

Ao sugerir uma desaceleração no desenvolvimento da IA, Pattie Maes reforça a importância de considerarmos as implicações éticas, sociais e culturais dessa tecnologia em constante evolução.

Essa abordagem mais reflexiva visa evitar possíveis consequências negativas e garantir que a Inteligência Artificial seja uma ferramenta para melhorar a vida humana, em vez de ameaçá-la.

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