Conversas com Mell

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A importância da empatia e da autoestima entre as mulheres: abraçando as novas formas

É importante desenvolver a empatia e a autoestima entre as mulheres
É importante desenvolver a empatia e a autoestima entre as mulheres Imagens: Pexels

Mell Chaves

Publicado às 11h45 16/11/2023 - Actualizado às 11h45 16/11/2023

A sociedade moderna está cada vez mais exigente com as mulheres, impondo padrões de beleza e comportamento que muitas vezes geram comparações e baixa autoestima.

No entanto, é essencial entender a importância da empatia entre as mulheres e trabalhar a nossa autoestima, abraçando as nossas próprias formas e reconhecendo que somos únicas e especiais.

Há três pontos que considero fundamentais neste processo, que devem ser trabalhados e olhados com atenção.

A armadilha das comparações

Muitas mulheres caem na armadilha das comparações, olhando para outras mulheres e sentindo-se inadequadas ou menos bonitas. No entanto, é importante lembrar que cada mulher possui a sua própria beleza e características únicas. Fazer comparações só nos prejudica e nos impede de reconhecer o nosso valor. O mesmo se aplica às comparações sobre desempenho, inteligência, forma de agir e até na educação dos filhos ou relações interpessoais.

A importância da empatia

A empatia entre as mulheres é fundamental para criar um ambiente de apoio e compreensão. Ao invés de competir umas com as outras, devemos nos unir, apoiarmo-nos e celebrarmos as conquistas de todas.

Ajudar outras mulheres a sentirem-se bem consigo mesmas é um acto de solidariedade e amor próprio. Ao celebrarmos outra mulher, de forma alguma apagamos a nossa própria luz. Com toda a certeza garanto que juntas somos efectivamente mais fortes.

Trabalhando a autoestima

A autoestima é fundamental para nos sentirmos bem em nossa própria pele. Aceitar as mudanças do corpo, sejam elas causadas pela maternidade, pelo envelhecimento ou pelas flutuações hormonais, é uma forma de se amar e se respeitar. Treinar e ter uma alimentação regrada são boas opções, e na verdade são essenciais para que numa idade mais avançada tenhamos uma vida melhor, é uma questão de saúde e bem-estar.

No entanto, também é importante abraçar as novas formas e nos sentirmos felizes com as escolhas que fazemos, sem que tal prejudique a nossa saúde. Viver cada fase, de forma plena e segura, aproveitando todos os momentos que a vida nos possa proporcionar.

Na primeira pessoa eu falo...

Com meus 45 anos e onde amamentei um bebê até aos 2 anos e 7 meses, passei por diversas mudanças no meu corpo. Consciente de que o corpo muda naturalmente ao longo do tempo e devido aos diferentes estágios da vida, escolhi abraçar as novas formas e me sentir feliz com minhas escolhas.

Tenho também uma filha na fase da adolescência e recebo várias mensagens de mulheres que se comparam com as filhas, outras que pretendem ou vivem ainda um momento em que estão a redescobrir-se ou a viver / reviver a juventude perdida. Que querem e buscam ter um corpo e aparência mais jovem, e está tudo bem também.

Defendo que, se nos sentirmos bem com as nossas escolhas, devemos vivê-las na plenitude. Trabalhar a autoestima é o maior acto de amor que podemos ter por nós mesmas. Reconheço que tudo faz parte de um processo e que a minha beleza está além da aparência física. Isso me trouxe paz e autoaceitação, fortalecendo minha autoestima.

Acredito até que esta segurança que sinto traz uma luz diferente sobre mim, pela forma leve como encaro a vida. Já ouvi também dizerem: “Dizes isso porque és magrinha”.

Mas a grande verdade é que o meu peso tem a ver com o meu estilo de vida, que se mantém por anos, comida saudável, alimentos ricos em nutrientes, baixo consumo de açúcar, meu biótipo e estrutura óssea.

No entanto também passo pelas mesmas oscilações normais da idade e hormonais. Tenho celulite, estrias, cabelos brancos, gordura abdominal, tenho os meus dias de insegurança e outros nem tanto e tenho consciência de tudo, e sei que também poderei mudar se assim o entender.

E quando o tema é insegurança, a grande verdade é que mesmo aquelas mulheres que estão dentro daqueles padrões ditos como ideais também têm as suas inseguranças. Mulheres de várias idades, crenças, origens e extractos sociais têm uma relação constante de aceitação e posicionamento enquanto mulheres.

A empatia entre as mulheres e o trabalho constante da autoestima são essenciais para enfrentar os desafios impostos pela sociedade. Ao invés de nos compararmos e nos criticarmos, devemos apoiar e amarmo-nos, reconhecendo que cada uma de nós é única e especial. Abraçar as novas formas e sentirmo-nos bem com as escolhas que fazemos é o caminho para uma vida mais plena e feliz.

Lembrem-se sempre: somos únicas e especiais e merecemos todo o amor e respeito do mundo!

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