Amílcar Lopes da Costa Cabral nasceu em Bafatá, Guiné-Bissau, a 12 de setembro de 1924 e foi morto em Conacri, Guiné a 20 de janeiro de 1973, 48 anos. Foi um político, engenheiro agrônomo, cientista político, teórico marxista, escritor e poeta da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

Aos oito anos de idade, a sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), que passou a ser a cidade da sua infância.

Em 1945 Cabral ingressou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, Portugal, como o único estudante negro da sua turma. Envolveu-se em reuniões políticas ao lado de outros alunos vindos de África, tais como os angolanos Mário Pinto de Andrade e Agostinho Neto.

Em 1959 Amílcar Cabral tornou-se num dos fundadores do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho Neto, é recebido pelo Papa Paulo VI no Vaticano.

Algumas das ideias sobre a terra defendidas pelo agrónomo são actualmente consideradas pelas Nações Unidas no combate à desertificação, o que revela o pioneirismo do líder africano em relação ao aquecimento global. 20 de janeiro, o Dia dos Heróis nacionais em Cabo Verde e na Guiné-Bissau, lembra a morte de Amílcar Cabral.

A Fundação Amílcar Cabral, em homenagem ao panafricanista, tem uma parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para a inscrição dos seus escritos no arquivo de Memória do Mundo e inclusão da data 12 de setembro nos aniversários de personalidades apoiadas pela UNESCO.

Em 2020, foi reconhecido como o segundo maior líder mundial na história da humanidade, de acordo com uma classificação feita por historiadores para a "BBC, Rádio e Televisão Pública Britânica".

A 10 de dezembro de 2022, Amílcar Cabral foi agraciado, a título póstumo, com o grau de Grande-Colar da Ordem da Liberdade, de Portugal.