Sustentabilidade

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Reflexões sobre desenvolvimento económico, social e ambiental

Adilson Garcia é apresentador da TV Girassol, mestre em Gestão e Empreendedorismo, MBA em Finanças e Negócios, especialista em ciências jurídico-empresariais e advogado. É autor do livro "A influência do empreendedorismo no crédito malparado".

Reflexões sobre desenvolvimento económico, social e ambiental

Adilson Garcia é apresentador da TV Girassol, mestre em Gestão e Empreendedorismo, MBA em Finanças e Negócios, especialista em ciências jurídico-empresariais e advogado. É autor do livro "A influência do empreendedorismo no crédito malparado".


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Day after: a preparação para o futuro corporativo

Os gestores devem construir uma empresa que dure além de sua própria gestão
Os gestores devem construir uma empresa que dure além de sua própria gestão Imagens: Pexels

Adilson Garcia

Publicado às 12h29 24/02/2024 - Actualizado às 12h29 24/02/2024

A lei natural empresarial é evolutiva, a reflexão sobre o "dia depois" torna-se cada vez mais necessária. Este é o momento em que uma empresa, equipa ou indivíduo enfrenta a transição de poder, seja devido à aposentadoria, mudança de carreira ou outras circunstâncias imprevistas. Nesse contexto, a importância de cultivar equipas e líderes capazes de assumir papéis de gestão corporativa é fundamental para garantir a continuidade e o sucesso da organização.

É imperativo reconhecer que nenhum gestor é imortal, nem as posições de liderança são perpetuamente ocupadas pela mesma pessoa. Portanto, a preparação para o "dia depois" deve ser uma prioridade tanto para os gestores corporativos quanto para as próprias empresas.

Isso envolve o desenvolvimento de uma cultura organizacional que promova a capacitação e o crescimento contínuo de seus membros, capaz de quebrar as “panelas criadas” e acabar com as “organizações dentro das organizações” (que é um grande cancro nas empresas), de modo a garantir que haja uma reserva de talentos pronta para assumir as responsabilidades adicionais quando necessário.

Um dos principais desafios nesse processo é superar a mentalidade de que o poder deve ser retido a todo custo. Os gestores, enquanto profissionais e seres humanos, devem compreender que seu papel é facilitar o progresso e o desenvolvimento da organização, e não se apegar ao poder ou à cadeira que ocupam. Isso requer senso de honestidade intelectual, visão de longo prazo, um compromisso genuíno com o bem-estar dos colaboradores empresa e acionistas/sócios.

É essencial que os gestores se preparem para o futuro pessoalmente. Isso significa estar aberto a novas oportunidades, cultivar uma mentalidade de aprendizado contínuo e garantir que suas habilidades estejam actualizadas e relevantes para o ambiente empresarial em constante mudança.

A aposentadoria ou qualquer outra mudança de circunstância não deve ser vista como o fim de uma carreira, mas sim como uma oportunidade para novos começos e contribuições significativas em diferentes capacidades ou lugares.

Uma abordagem fundamental para enfrentar o "dia depois" é deixar um legado corporativo positivo. Isso implica não apenas em alcançar resultados financeiros sólidos, mas também em promover uma cultura de integridade, inovação e responsabilidade social. Os gestores devem se esforçar para construir uma empresa que dure além de sua própria gestão, deixar um legado que inspire e beneficie as gerações futuras de colaboradores, clientes e stakeholders.

É importante lembrar que devemos vestir a camisola da empresa, não tatuar a empresa ou o cargo em nossos corpos. Isso significa que nossa lealdade e dedicação devem ser para com os valores e os objectivos da organização, não apenas para as posições de poder que ocupamos.

Ao adoptar essa forma de pensar e agir, podemos nos preparar melhor para enfrentar os desafios do "dia depois" e deixar um legado duradouro que transcenda as nossas próprias carreiras e contribua para um futuro empresarial mais sólido e sustentável.

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