Sustentabilidade

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Reflexões sobre desenvolvimento económico, social e ambiental

Adilson Garcia é apresentador da TV Girassol, mestre em Gestão e Empreendedorismo, MBA em Finanças e Negócios, especialista em ciências jurídico-empresariais e advogado. É autor do livro "A influência do empreendedorismo no crédito malparado".

Reflexões sobre desenvolvimento económico, social e ambiental

Adilson Garcia é apresentador da TV Girassol, mestre em Gestão e Empreendedorismo, MBA em Finanças e Negócios, especialista em ciências jurídico-empresariais e advogado. É autor do livro "A influência do empreendedorismo no crédito malparado".


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Empreendedorismo social em Angola: um caminho para promover o desenvolvimento económico

A formação de um ecossistema empreendedor robusto pode impulsionar a prosperidade
A formação de um ecossistema empreendedor robusto pode impulsionar a prosperidade Imagens: Pexels

Adilson Garcia

Publicado às 10h07 06/03/2024 - Actualizado às 10h13 06/03/2024

Com os novos tempos, o empreendedorismo social tem ganho destaque como uma valiosa ferramenta de transformação em diversas partes do mundo. Em Angola, não é diferente. O país enfrenta desafios significativos relacionados à pobreza e ao desenvolvimento económico, mas os gestores criteriosos estão a reconhecer o potencial do empreendedorismo social como um meio eficaz para promover mudanças positivas na sociedade.

Ao contrário da simples caridade, o empreendedorismo social envolve a criação de negócios com o objectivo principal de gerar impacto social positivo, ao mesmo tempo em que são financeiramente sustentáveis. Em outras palavras, não se trata apenas de doar recursos, mas de investir em soluções inovadoras e escaláveis que abordem questões fundamentais, como acesso à educação, saúde, emprego e desenvolvimento comunitário.

Para empresas e instituições angolanas lideradas por gestores criteriosos, o empreendedorismo social oferece uma oportunidade única de alinhar objectivos comerciais com a responsabilidade social. Ao investir em iniciativas que visam resolver problemas sociais prementes, essas organizações não apenas contribuem para o bem-estar da comunidade, mas também podem colher benefícios tangíveis, como a melhoria da reputação da marca, o engajamento dos funcionários e até mesmo novas oportunidades de mercado.

Na realidade angolana, em que a pobreza persiste como um desafio significativo, o empreendedorismo social surge como um braço forte para o desenvolvimento económico sustentável. Ao capacitar empreendedores locais, especialmente aqueles em comunidades desfavorecidas, para iniciar e expandir negócios que abordem necessidades específicas, é possível criar empregos, aumentar o acesso a bens e serviços essenciais e promover o crescimento econômico inclusivo.

Importa destacar que o empreendedorismo social não se trata apenas de filantropia ou assistencialismo. Pelo contrário, é um investimento estratégico que pode gerar retornos significativos e sustentáveis. Ao identificar oportunidades de negócios que também tenham um impacto positivo na sociedade, as empresas e instituições angolanas podem cultivar um ambiente propício para o crescimento econômico a longo prazo, enquanto atendem às necessidades urgentes da população.

Os gestores criteriosos entendem que o empreendedorismo social não é uma solução isolada, mas sim uma parte integrante de uma abordagem mais ampla para o desenvolvimento socioeconômico. Ao colaborar com o governo, organizações da sociedade civil e outros stakeholders, é possível criar um ecossistema empreendedor robusto e sustentável que promova a prosperidade e o bem-estar de todos os angolanos.

Conclui-se que o empreendedorismo social representa não apenas uma oportunidade de fazer o bem, mas também uma estratégia inteligente para impulsionar o crescimento econômico e reduzir a pobreza em Angola.

Ao investir em negócios que gerem impacto positivo, as empresas e instituições angolanas podem desempenhar um papel muito importante na construção de uma sociedade mais justa, próspera e sustentável para as gerações futuras.

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