Com o mundo mergulhado em uma crise climática sem precedentes, os sinais alarmantes da ira da natureza manifestam-se cada vez mais. Angola, que está prestes a adentrar a estação de cacimbo, em 15 de maio, não se encontra imune a essas perturbações. Enquanto essa estação, conhecida por sua transição seca e fria, historicamente trazia alívio após as chuvas intensas, agora carrega consigo uma sombra preocupante de incerteza.

Mas não é apenas em Angola que a natureza está fazer-se ouvir. Recentemente, o Rio Grande do Sul, no Brasil, foi palco de uma tragédia que deixou cicatrizes profundas na paisagem e na alma das pessoas. As enchentes devastadoras que assolaram a região são um lembrete cruel de que o ser humano não é dono absoluto deste planeta, mas apenas um guardião temporário.

Os efeitos das mudanças climáticas tornaram-se evidentes em todo o mundo, mas em Angola e em tantos outros lugares, os impactos são sentidos de forma muitas das vezes pesadas, dias de elevadas temperaturas, chuvas fortes. O aumento das temperaturas globais, a desflorestação desenfreada e a emissão descontrolada de gases de efeito estufa estão entre os principais impulsionadores dessa crise mundial.

Enquanto os líderes de todo o mundo continuam a discutir as medidas necessárias para combater as mudanças climáticas, a natureza parece estar a enviar um aviso claro: é hora de agir. Este planeta e tudo o que nele habita são apenas emprestados a nós, seres mortais. Devemos cuidar bem dele para garantir não só o nosso próprio futuro, mas também o das gerações que virão depois de nós. O tempo para ação é agora, antes que seja tarde demais e a tragédia anunciada torne-se uma realidade inevitável.

Acções locais têm impacto global.