Yuri da Cunha celebra 30 anos de carreira com "Roda de Semba"
Luanda - O cantor Yuri da Cunha vai realizar, sábado, em Luanda, no Maré Nostrum, tenda da Ilha de Luanda, uma “Roda de Semba”, para celebrar os 30 anos de carreira.
Para o acompanhar nesta celebração, durante a qual o artista pretende mergulhar e interpretar vários dos seus sucessos musicais, Yuri da Cunha convidou Paulo Flores, Euclides da Lomba e Prodígio.
O artista, feliz pelo marco, através de uma publicação deixada nas suas redes sociais mostrou-se grato a todos que o ajudaram nessa caminhada.
"Eternamente grato por este amor que recebo em todos os lugares do meu país. Completo 30 anos de carreira e quero agradecer a todos, sem excepção, pelos 30 anos de luta, de música, de arte, de glória e de puro amor", escreveu.
Na "Roda de Semba”, espera-se que Yuri da Cunha intérprete músicas como "Regressa”, "Atchu Tchutcha”, "De Alma na Paixão”, "Cabelos Brancos”, "Gago”, "Tu és Amor”, "Kalumba”, que conta com a colaboração de Paulo Flores, "Fora de Moda”, "Eu Fui ao Inferno e Voltei”, com a participação do rapper Prodígio, entre outros temas.
O músico tem ainda espectáculos agendados para o dia 28 deste mês, na Huíla, dia 29, no Namibe, dia 5 de Agosto, em Benguela, e 6 de Agosto, no Lobito, no âmbito dos 30 anos de carreira artística.
Em 30 anos de carreira, Yuri da Cunha, cantor angolano, nascido no dia 13 de Setembro de 1980, no Cuanza-Sul, encantou uma legião de pessoas com a sua música e dança.
Com três anos de idade, Yuri da Cunha foi levado a Luanda por causa da guerra. Vivia perto dos tios, do irmão, do pai e quase toda a família da mãe. O cantor iniciou a sua aventura pelo mundo da música na infância, assistindo aos ensaios do conjunto "Os Kwanzas”, onde o pai, Henrique da Cunha "Riquito”, era um exímio guitarrista.
Mais tarde em Luanda, no bairro Rocha Pinto, em companhia dos primos e irmãos, foi aperfeiçoando técnicas de voz e interpretação com o professor Manuel Costa "Makanha”.
Quando começou a compor, Yuri diz que tinha na cabeça vários sons. A carreira do cantor teve as influências do pai, dos músicos Bonga, Teta Lando, David Zé e Urbano de Castro. Depois, nos anos 1990, passou a ouvir Eduardo Paim, Carlos Burity e André Mingas.
Fã de Michael Jackson desde muito pequeno, o cantor diz que foi daí que surgiu a atracção pela dança. Com quase 10 anos de idade, distinguiu-se num concurso de rua, chamado "Kutonina”.
Em 1993 ingressou na escola da Rádio Nacional de Angola (RNA). No dia 1 de Junho de 1993, Yuri fez a sua primeira apresentação.
Em 1996 seguiu para Portugal, propriamente para Lisboa, onde gravou o seu primeiro trabalho discográfico, intitulado "É Tudo Amor”, nos estúdios da produtora Valentim de Carvalho.
Nesse ano arrebatou o prémio da Rádio Televisão Portuguesa (RTP) para o melhor videoclipe e melhor música do ano dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), na Holanda.
"Makumba” é o título da canção que o tornou conhecido do grande público, gravada em 2003 e com a qual venceu o "Top dos Mais Queridos", em Angola, em 2004.
O segundo disco chegou em Janeiro de 2005, intitulado "Eu”, que lhe permitiu confirmar o sucesso de temas que o colocaram na ribalta da música angolana.
No disco "Eu”, Yuri da Cunha apresenta 13 temas em estilos como o semba, rumba e kizomba, cantados em português e kimbundo, dos quais as músicas "Homem é Bom”, "Njila”, "Simão”, "Kalundu” e "Está Doer”, grandes sucessos na rádio e discotecas, atingiram vendas muito significativas.