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Reabertura do Cine São Paulo marcada com actividades culturais

Conjunto "Angola 70"
Conjunto "Angola 70" Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 12h10 18/06/2024 - Actualizado às 12h10 18/06/2024

Luanda - Os moradores dos bairros São Paulo, Operário, Rangel, Marcal, Sambizanga e outras áreas de Luanda, testemunharam sábado, com um sabor nostálgico, a reabertura do Cine São Paulo, um dos mais conhecidos da capital do país, para actividades culturais, segundo o JA online.

O evento, que protagonizou esta nova fase, foi a inauguração do festival de cinema, dança e música "O Futuro já era", promovido pelo instituto alemão Goethe.

A actividade vai decorrer até 28 de Julho, em comoemeoração do 15º aniversário do Instituto Goethe em Angola. As "hostilidades sonoras" da histórica casa de entretenimento foram abertas pelo Conjunto "Angola 70”, que transportou as cerca de mil pessoas presentes a uma viagem nostálgica ao século XX, através da música popular urbana.

O reavivado Conjunto Angola 70, integrado por Teddy Nsingi (viola solo), Raúl Tolingas, Joãozinho, Botto Trindade (também viola solo), Dulce Trindade (viola ritmo), Mias Galhetas (viola baixo), Bucho Martins (bongós) e Legalize (vocalista) revisitaram temas de grandes referências da música popular urbana angolana. Brando foi convidado para participar e dedilhar "Agarrem" e "Pica o dedo".

No concerto, os temas instrumentais estiveram em destaque, com Teddy Nsingi e Botto Trindade a repartirem as músicas, grande parte das quais obras com as malhas sonoras de Marito e Zé Keno, com o segundo a executar as autorais "Tapioca" e "Benguela Libertada".

Legalize interpretou David Zé, Os Kiezos, Urbano de Castro e Óscar Neves em "Sofredora", "Ché ché mãe", "Semba Avô", "Avenida Brasil" e outros sucessos, que foram aplaudidos pelo público durante todo o concerto.

A abertura do festival contou, igualmente, com a inauguração de uma exposição fotográfica, do artista angolano Walter Fernandes, que apresentou mais de 30 retratos de salas de cinemas de Angola, localizadas em várias províncias do país.

A directora do instituto alemão Goethe, Julia Schreiner, afirmou que há 70 anos a instituição tem como missão a promoção do diálogo entre os mais diversos povos do mundo, através das artes, acrescentando que, por isso, é fundamental a celebração dos 15 anos de parceria com Angola, com a junção de artistas nacionais e alemães.

Por seu lado, a directora do Gabinete Provincial da Cultura, Teresa Tatiana Mbuta, disse que o festival "O Futuro já era" representa a celebração da diversidade cultural e torna-se num espaço de intercâmbio entre várias entidades culturais, de partilha de ideias e fortalecimento do diálogo, de forma a se encontrarem as melhores soluções para os problemas diários.

Reafirmou o compromisso do Governo Provincial de Luanda (GPL) em prestar apoio ao desenvolvimento da cultura na província, agradecendo, de seguida, ao Instituto Goethe por escolher Angola para a expansão do projecto.

À saída do encontro, o músico legalize, após a actuação com o Conjunto Angola 70, frisou que a reabertura do Cine São Paulo foi um momento muito importante, por conta da escassez de espaços para os artistas se apresentarem.

"É fundamental que a casa seja reaberta oficialmente, de forma a cumprir com o objectivo pelo qual foi criado, que é o de promover as disciplinas artísticas, sobretudo o Cinema", sublinhou.


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