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Artistas moçambicanos manifestam-se encantados com artes plásticas em Angola

Artistas moçambicanos em Angola
Artistas moçambicanos em Angola Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 15h28 24/06/2024 - Actualizado às 15h28 24/06/2024

Luanda - Vários artistas moçambicanos elogiaram o rumo das artes plásticas angolanas, durante a visita que efectuaram sexta-feira, as exposições “Kina Muta – Muta Kina”, patente no Museu Nacional de História Natural, e “Angola Kiesse - Tons e Cores”, no Palácio de Ferro, em Luanda.

De acordo com o JA online, o grupo de artistas moçambicanos, composto por escultores, ceramistas e pintores, está em Angola no âmbito do projecto cultural Ideias Dinâmicas, tendo a matriarca das artes moçambicanas, a ceramista Reinata Sadimba, manifestado a sua emoção pelo labor das obras.

Conduzidos pelos anfitriões, o artista plástico Álvaro Macieira e o curador Kabudy Eli, os moçambicanos receberam explicações detalhadas sobre os artistas e o motivo da exposição, explicando o significado de algumas obras, com destaque para "Bem-vindo à minha Vida”, do artista plástico Tozé, e "Do pó viemos e do pó voltaremos”, de Albino da Conceição.

A visita à exposição colectiva "Kina Muta – Muta Kina” durou cerca de 50 minutos, tendo os artistas moçambicanos contemplado 75 obras de 50 artistas angolanos da colecção particular de Álvaro Macieira, reunida ao longo de 30 anos, inaugurada em Fevereiro deste ano.

Após explorar a exposição no Museu de História Natural, o grupo de artistas moçambicanos, num total de cinco, rumou para o Palácio de Ferro, onde foi recebido por uma bem conseguida actuação do grupo tradicional Tchavala, como sinal de boas-vindas.

Na exposição "Angola Kiesse - Tons e Cores”, patente desde Abril deste ano, o artista Álvaro Macieira começou a visita explicando os contornos da instalação "África Mitológica”, parte fundamental desta exposição, que tem a curadoria de Marisa Kingica, Oivando Carlos e Oksanna Dias.

No final da visita, a artista moçambicana Reinata Sadimba disse que foi gratificante apreciar cada obra de Álvaro Macieira, avaliado como um artista de "mão cheia", pelo número de obras expostas.

A reconhecida artista internacional moçambicana explicou que a visita à exposição "Kina Muta - Muta Kina” a remeteu à resistência dos artistas, visto que muitos são desafiados a pintarem não só a sua imaginação, como também descrever vários assuntos sociais.

Quanto às suas obras, Reinata Sadimba disse que se definem como uma rusticidade essencial, não existindo retrato, mas antes a subjectividade primordial que deriva de uma estilização objectiva.

Acrescentou que as suas esculturas demonstram, também, várias tensões dinâmicas entre o círculo completo, patentes na rotundidade dos objectos, e as linhas quebradas, patentes na forma como os investe de inscrições.

O artista plástico moçambicano Moisés Ernesto Matsinhe Mafuiane, que usa o nome de "Butcheca” para se expressar artisticamente desde o início dos anos 1990, disse que já ouvia falar há muito de Álvaro Macieira, mas que só agora teve a grande oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, depois de um breve diálogo no Museu de História Natural.

Disse que admira a paciência e as colecções de Álvaro Macieira, pela história que vem contando sobre Moçambique e que já conviveu com alguns artistas que conhecem o seu trabalho, acrescentando que cada obra apresentada possui um detalhe singular.

 

Artista conhecido pelo público angolano amante das artes plásticas, a maioria das esculturas de Gonçalo Mabunda é feita das armas desactivadas que foram armazenadas e escondidas durante a longa guerra civil que dividiu Moçambique.

O artista expôs em Luanda em Setembro do ano passado no Espaço Luanda Arte, reunindo trabalhos que intitulou "Armas para a Arte”.

Na qualidade de anfitrião, Álvaro Macieira explicou que foi com grande alegria que recebeu este grupo de artistas moçambicanos e com eles trocar experiências sobre diversos pontos das artes plásticas africanas.

 

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