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Exposição conjunta de dois artistas angolanos aberta em Luanda

Exposição conjunta em Luanda
Exposição conjunta em Luanda Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 12h50 11/07/2024 - Actualizado às 14h14 11/07/2024

Luanda - Os artistas plásticos Álvaro Macieira e Albino da Conceição abriram, esta quinta-feira, no Museu da Moeda, em Luanda, uma exposição colectiva denominada “Entre Marés e Memórias, Sinfonia de Afectos”.

Em declarações, ao JA, Albino da Conceição explicou que a ideia da colectiva surgiu de uma conversa entre os artistas, em 2019, mas por causa de alguns impasses não se realizou.

Contudo, afirmou, continuou-se a desenvolver as ideias, agora materializadas. Com a mostra, referiu, pretende-se transmitir a união enquanto colegas da arte plástica, de modo que a nova geração entenda que "nas artes não há adversários, mas sim parceiros”.

Em relação ao título da exposição "Entre Marés e Memórias, Sinfonia de Afectos”, disse que serve de reflexão, para que a sociedade reaja através da mensagem que se quer transmitir com a exposição.

Indicou que existem quadros que no entendimento dos artistas trazem reflexões bastante profundas sobre a sociedade, tradições e hábitos e costumes.

Como artistas, frisou, procuraram um título que despertasse a atenção dos espectadores. "Foi pelo facto de residir na Ilha do Cabo, em que ao longo dos anos construí as minhas memórias e agora as procuro partilhar com o público na exposição colectiva idealizada há muito anos.”

Albino da Conceição avançou que existem obras sobre as memórias. "Há um quadro que vou exibir que é uma recordação, porque cresci e me desenvolvi nele, e faço uma crítica às guerras, sobretudo, o conflito armado no país, ou seja, a guerra civil que terminou em 2002”.

Por seu lado, Álvaro Macieira disse ser importante que os artistas partilhem as ideias, porque é preciso uma maior união para que se produzam memórias entre os fazedores das artes plásticas.

Deu a conhecer que o objectivo desta união, é fazer com que a juventude consiga ter algumas referências nas artes. Com a colectiva, sublinhou, se quer mostrar que é possível unir esforços, sinergias e ideias para produção conjunta entre os artistas.

"Queremos com esta exposição defender cada vez mais a arte angolana, o desenvolvimento e divulgação da mesma. Para além da partilha de ideias, devem ser feitas algumas fusões entre as gerações de artistas nacionais”, indicou.

Jà a curadora Marisa Kingica disse que montar a exposição colectiva está a ser um grande desafio, porque os artistas têm uma "bagagem” no que diz respeito à arte plástica e chegam a ser muito exigentes nos pormenores. "Trabalhar com eles está a ser um aprendizado permanente”.

Revelou que a exposição tem um total de 24 obras, e os artistas vão apresentar oito peças individuais, três de esculturas, uma instalação e quatro peças pintadas no colectivo.

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