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Especialistas defendem maior valorização da classe artística nacional

Participantes na Conferência sobre os Direitos de Propriedade Intelectual
Participantes na Conferência sobre os Direitos de Propriedade Intelectual Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 19h14 08/09/2024 - Actualizado às 19h14 08/09/2024

Luanda - A valorização da classe artística e as suas criações estiveram em análise, quinta- feira, em Luanda, durante a III Conferência sobre os Direitos de Propriedade Intelectual, que reuniu vários especialistas na matéria, segundo o Jornal de Angola.

Uma actividade conjunta entre o Governo angolano e a Embaixada dos Estados Unidos, a conferência teve como prelectores do tema "A Economia Digital e a Indústria Criativa: Oportunidades e Desafios”, os músicos Jersy Pegado e Dji Tafinha, o director-geral da Associação Única dos Direitos de Autor e Conexos (AUDAC), Lucioval Gama, e a escritora e professora universitária Domingas Monte.

Para o músico e defensor dos Direitos da Propriedade Intelectual Dji Tafinha, o principal problema está no alicerce, ou seja, na valorização da classe artística nacional. "Temos que olhar primeiro para a arte, antes de olhar para o artista”.

Infelizmente no país, disse, ainda não se valoriza a arte, assim como o artista, acrescentando ser necessário reconhecer o criador, as suas necessidades e a propriedade intelectual do mesmo.

"Temos que perceber a importância da arte primeiro nas nossas vidas. A arte faz parte do nosso quotidiano, em todos os momentos, no casamento, nascimento do filho e na igreja”, disse o músico, para quem "os artistas têm um papel extremamente importante para qualquer nação, por serem dos maiores embaixadores de um país”.

Por sua vez, a cantora e consultora da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Jersy Pegado, afirmou que é preciso ter noção de indústrias culturais e criativas, pois, como disse, têm um perfeito enquadramento com a conferência.

A vocalista das "Gingas do Maculusso” deu a conhecer que todo o processo começa com a criatividade, que é a ideia materializada, defendida pelos Direitos de Autor e Conexos, que o Estado confere à pessoa física que cria conteúdos artísticos, literários e científicos, para usufruir desses benefícios de direitos morais e patrimoniais.

Para o director-geral da AUDAC, Lucioval Gama, as indústrias criativas no país só vão funcionar em pleno quando os criadores forem remunerados pela utilização das suas obras.

Sublinhou que o artista que cria uma obra intelectual de natureza literária, artística ou científica não se beneficia do seu direito, porque a indústria criativa no país, praticamente, é inexistente.

Sobre à economia digital e à indústria criativa, disse que não houve evolução, até à presente data, porque os titulares dos direitos de autor e conexos não são valorizados e reconhecidos pela utilização das suas obras originais.

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