Cultura

Cultura


PUBLICIDADE

Décima quinta semana do Brasil com foco na cooperação cultural e económica

Câmara do Comércio Angola-Brasil (CCAB)
Câmara do Comércio Angola-Brasil (CCAB) Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 12h55 09/09/2024

Luanda - A décima quinta Semana do Brasil em Angola decorre, em Luanda, de 06 a 14 do corrente mês, para celebrar uma conexão histórica e estratégica e reforçar os laços culturais e económicos entre os dois países.

Organizada pela Associação dos Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN) e pela Câmara de Comércio Angola-Brasil (CCAB), o evento contempla uma programação diversificada que inclui seminários, exposições e actividades culturais.

De acordo com Raimundo Lima, presidente da AEBRAN e da CCAB, em declarações à VOA, o objectivo é “fortalecer os laços socio-económicos” entre os dois países, porque "há muito potencial de crescimento entre Brasil e Angola".

O evento, que acontece anualmente, é o maior do mundo fora do território brasileiro, em comemoração à independência do Brasil, que se assinalou a 07 do corrente mês. “Nós vamos fazer a comemoração durante nove dias, enquanto no Brasil se celebra em apenas um dia”, explicou Raimundo Lima.

A programação incluiu seminários sobre relações culturais, como o realizado no dia 7 de setembro, com a presença do ministro da Cultura de Angola e um pronunciamento em vídeo da ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes.

Entre os destaques da celebração estão as actividades culturais, como a exibição do filme “Axé: Canto do Povo de um Lugar”, e a tradicional feijoada da independência, animada por músicos brasileiros e angolanos.

Está prevista também a realização de um seminário sobre as relações bilaterais entre Brasil e Angola, que será realizado no dia 12 de setembro, assim como está programada uma mesa redonda, com participação da ministra da Educação de Angola, Luísa Grilo, e o ministro-conselheiro da embaixada do Brasil em Luanda, Eduardo Lessa, para discutir o futuro da cooperação entre os dois países.

As relações entre Brasil e Angola têm-se intensificado nas últimas décadas, especialmente nos sectores empresarial e cultural, destacou Raimundo Lima, recordando que o seu país foi o primeiro a reconhecer a independência de Angola, em 1975, o que marcou o início de uma parceria que ainda se fortalece.

Salientou que a balança comercial entre os dois países já foi de cerca de quatro mil milhões de dólares, em 2010, mas caiu para aproximadamente 1,1 mil milhões, nos últimos anos. “Isso mostra que há muito potencial de crescimento”, afirmou o empresário.

Angola exporta principalmente petróleo para o Brasil, enquanto o Brasil fornece produtos como açúcar, carnes e equipamentos para a indústria de transformação.

Raimundo Lima realçou que os próximos anos prometem ser mais frutíferos, com novos projectos em áreas como agronegócio, indústria farmacêutica e siderurgia, enfatizando que os dois países estão a retomar a parceria estratégica, com oportunidades que vão desde a produção de fertilizantes até a construção da primeira fábrica de medicamentos em Angola.

PUBLICIDADE