Morreu referência mundial da bossa nova e samba

Washington - O músico brasileiro, Sérgio Mendes, morreu, esta sexta-feira, aos 83 anos, em Los Angeles, Estados Unidos da América, onde residia há mais de 20 anos.

Uma nota da família, tornada pública pela VOA, esclarece que Sérgio Mendes morreu num hospital, depois de um longo período doente, devido à Covid, sem dar mais detalhes.

Pianista, compositor e arranjador brasileiro, Sérgio Mendes levou a bossa nova a um público global na década de 60 do século passado, através do seu conjunto "Brasil 66" e continuou a ser uma força na música popular durante mais de seis décadas,

Lançou 35 álbuns, ganhou três Grammys e foi nomeado para um Óscar, em 2012, pela melhor música original, como co-argumentista de “Real in Rio”, do filme animado “Rio”.

O single “Mais que nada”, composto pelo cantor e compositor brasileiro Jorge Ben, deixou uma marca muito forte na sua longa carreira.

O seu último álbum, "In the Key of Joy", criado a partir de colaborações com João Donato, Hermeto Pascoal e Guinga, foi lançado em 2020.

O jornal The New York Times escreve que a música de Mendes "era enganosamente sofisticada ritmicamente, mas suave nos ouvidos, amplificando ao murmúrio original centrado na guitarra da bossa nova, com arranjos expansivos orientados para o teclado e linhas vocais arrefecidas".

Ao todo, levou 14 músicas ao Top 100 dos Estados Unidos, sendo quatro delas nos anos 80 do século passado, e 10 nos anos de 60.

Sérgio Mendes colaborou com grandes ícones do jazz, como Herb Alpert e Cannonball Adderley, artistas do pop americano, como Stevie Wonder, Justin Timberlake, Black Eyed Peas e John Legend, e ainda da Música Popular Brasileiro, como João Donato e Hermeto Pascoal.

Sérgio Mendes deixa esposa, Gracinha Leporace, cantora e com quem esteve casado durante 50 anos, e cinco filhos, dos quais três são do primeiro casamento, e sete netos.