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Livro "O Voo da Borboleta no Mecanismo Inerte do Tempo" lançado em Lisboa

Lançamento do livro de poesia do escritor José Luís Mendonça
Lançamento do livro de poesia do escritor José Luís Mendonça Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 13h29 28/01/2025 - Actualizado às 15h20 28/01/2025

Lisboa – O livro de poesia “Um Voo de Borboleta no Mecanismo Inerte do Tempo”, do escritor angolano José Luís Mendonça, foi lançado, na semana finda, em Lisboa, pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda (INCM) de Portugal.

Fazendo parte da colecção Plural, que publica autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), desde 2002, o livro de José Luís Mendonça é o vigésimo oitavo da referida colecção.

O director da INCM, Cláudio Garrido, e o editor do livro, Jorge Reis Sá, falaram da importância da colecção Plural, tendo a apresentação da obra sido feita pelo também poeta e prosador angolano, Jorge Arrimar, prémio DST/Camões Angola 2024, que considerou “uma forma auspiciosa” de entrar o Novo Ano, com a poesia de José Luís Mendonça.

Desde o primeiro livro de José Luís Mendonça, “Chuva Novembrina”, aos seus poemas ainda inéditos, a presente antologia mostra uma visão grupal que permite anotar as possibilidades de evolução da arte do poema, através de um rigoroso processo selectivo que privilegiou a qualidade e a inovação temático-formal, foi dito no lançamento.

O livro agora lançado é uma seleta de quarenta e dois anos de labor poético, com novos poemas acrescidos à antologia “Um Canto para Mussuemba”, que a Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) publicou, em 2002.

Ao todo, esta nova antologia abarca 19 livros, perfazendo 42 anos, dentro daquela definição que o poeta anglo-americano, Wystan Hugh Auden, elaborou quando disse que “um poema é um artefacto verbal que deve ser construído de forma tão hábil e sólida quanto uma mesa ou uma motorizada”.

Os poemas foram agrupados por ordem cronológica, segundo o critério do tema geral encarnado em cada extensão dos seus versos, disse o escritor José Luís Mendonça.

Com esta edição de autor angolano, a Imprensa Nacional-Casa da Moeda também participa nos desígnios da cooperação cultural entre Portugal e Angola, “que não pode ser, nem é, apenas medida pelos protocolos estatais dos dois países”, soube-se.

Com este gesto editorial, a INCM salvaguarda, dadas as limitações editoriais das literaturas periféricas, uma parte substancial do património verbal da moderna poesia de Angola.

O acto contou com a presença de angolanos na diáspora, da representante da embaixada de Angola para o sector cultural e alguns leitores lusos.

Para além de poeta, José Luís Mendonça é ficcionista e jornalista, pelo que tem uma vasta e diversa produção literária.

É Mestre em Direito, foi adido cultural na UNESCO, em Paris, e director e redactor-chefe do semanário “Cultura - Jornal Angolano de Letras e Artes”, da Edições Novembro, durante sete anos.

É professor universitário, assessor de Média na Rede Girassol, membro da União de Escritores Angolanos e autor da refundação, em 2018, do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, defendendo “o resgate pleno do legado dos precursores da Literatura angolana”.

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