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Rei do Oukwanhama defende a conservação do poder tradicional

Povo da região Oukwanhama
Povo da região Oukwanhama Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h59 29/01/2025

Luanda - O Rei de Oukwanhama, na província do Cunene, Jerónimo Haleinge, disse que tem como desafios a conservação das estruturas do poder tradicional e a recuperação dos valores culturais do povo Ovawambo. segundo o JA Online.

O soberano dos Oukwanhama falava em Ondjiva, durante a cerimónia de abertura das jornadas comemorativas do VI aniversário da restauração do Reino de Oukwanhama, que se assinala a 2 de Fevereiro, e dos 102 anos da morte em combate de Mandume ya Ndemofayo.

De acordo com Jerónimo Haleinge, as acções de restauração do reino têm como objectivo contribuir para a identificação, conservação e a preservação da identidade cultural dos povos, com vista a classificação a património histórico nacional.

A protecção do ecossistema e da biodiversidade, dos bens públicos, o combate e o roubo do gado, principal activo económico das comunidades estão entre as prioridades.

Jerónimo Haleinge disse que o Reino de Oukwanyama está representado em toda a extensão territorial, por membros do conselho que realizam visitas de auscultação às comunidades, promovem a cooperação com poder público e organizações sócio-profissionais.

O Rei destacou a colaboração com outras instituições do poder tradicional, visando a consolidação da unidade e coesão nacional. Apelou ao engajamento das famílias na preservação e valorização das tradições, como núcleo fundamental no processo de socialização.

Informou que as jornadas comemorativas da restauração do Reino de Oukwanhama, terão lugar de 2 a 6 de Fevereiro, em homenagem ao soberano Mandume ya Ndemofayo, morto em combate, a 6 de Fevereiro de 1917, na localidade do Oihole, município de Namacunde, província do Cunene.

O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos do Cunene, Nelson Ndelimukuata, disse que a restauração do Reino do Okwanyama marca um marco memorável, depois de mais de 100 anos sem um líder no trono.

O responsável referiu que a instituição do poder tradicional, agrega valores na preservação da cultura, por constituírem reservas morais como bibliotecas vivas.

O acto foi marcado pela realização de uma palestra sobre “A língua Oshikwanhama, cultura hoje e amanha” e demonstrações de diferentes acções culturais. Testemunharam a cerimónia, além da corte real, membros do governo, académicos, estudantes e autoridades tradicionais.

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