Carnaval: Ministro da cultura recomenda trabalho árduo e mais pesquisa


Luanda - O ministro da cultura, Filipe Zau, afirmou, segunda-feira, no final do desfile do Carnaval de Luanda, que apesar das dificuldades financeiras resultantes do actual contexto económico, não é o dinheiro o grande determinante, sendo importante que haja trabalho árduo, investigação e criatividade da parte dos grupos.
“Todos competem com as mesmas condições. Toda a gente tem de trabalhar para ganhar o título, desempenhando o melhor trabalho possível e reconhecer a idoneidade do júri”, sublinhou o governante, citado pelo JA Online.
Por sua vez, o vice-governador de Luanda para o Sector Político e Social, Manuel Gonçalves, disse que a edição do Carnaval se deve à entrega dos grupos, que apesar das dificuldades por conta da falta de finanças conseguiram reinventar-se para estar à altura do desafio.
“Posso afirmar com toda a certeza que esse é um Carnaval árduo, feito pelos grupos. Porque nos encontramos em um momento menos bom do ponto de vista financeiro, o que fez com que os grupos se reinventassem e procurassem outras formas de se financiar, portanto é uma vitória dos grupos carnavalescos”, disse.
O vice-governador afirmou que foi uma boa festa da cultura, que contou com a maior parte dos grupos constituídos fundamentalmente por jovens, que apresentaram inovações e um trabalho originalmente angolano.
Já o superintendente -chefe Nestor Goubel, porta-voz do Gabinete de Comunicação e Imprensa do Comando Provincial de Luanda, avançou que a Polícia Nacional mobilizou 2500 efectivos para garantir a segurança de todos os foliões, turistas e assistência durante o Carnaval.
“São efectivos suficientes que estiveram prontos para evitar qualquer situação que pudesse comprometer o normal andamento do Entrudo. A Polícia Nacional criou quatro sectores que fiscalizaram a entrada e saída da Nova Marginal, numa ronda levada a cabo por efectivos superiores”, explicou.
Nelson Tiago, chefe do Instituto Nacional de Emergências Médicas de Angola (INEMA) em Luanda, avançou que estiveram em prontidão cerca de 60 efectivos, entre médicos, enfermeiros e condutores, bem como sete ambulâncias colocadas ao serviço.
No rescaldo dos três dias, disse que foram atendidos mais de 36 casos, dos quais apenas um obrigou a uma evacuação ao Hospital Josina Machel.
O Carnaval 2025 foi vivido com intensidade, pois a temperatura permitiu uma maior dinâmica nos compassos apresentados pelos grupos. Cada agremiação procurava mostrar a sua criatividade artística.