Luanda - Um total de 255 artistas participam, desde terça-feira, em Benguela, na 2ª Jornada Nacional do Teatro, uma iniciativa da Associação Angolana de Teatro (AAT), segundo anuncia o Jornal de Angola.

A decorrer até domingo sob o lema “O Teatro como ferramenta de educação e solidificação da cultura de paz”, a jornada está inserida nas celebrações do 27 de Março, Dia Mundial do Teatro, que se assinala quinta-feira.

 O presidente da Associação Angolana de Teatro, Tony Frampêncio, enalteceu a preocupação que o Executivo tem com os artistas, que, há 10 anos, fez a abertura de duas escolas de formação artística, nomeadamente o Complexo das Escolas de Artes (CEARTE) e a Faculdade de Artes, ambas de Luanda, além de centros de formação artísticas, no Bengo, Huíla e Bié.

Entretanto, disse que apesar dos ganhos é preciso que estas iniciativas abranjam o país, salientando, também, a preocupação de reabilitação de salas e centros culturais em todo o país.

A reunião de artistas de todas as províncias do país, reconheceu, faz com que este evento não apenas promova a troca de experiência entre os fazedores de teatro, mas, também, reflecte os desafios e caminhos para o futuro desta arte em Angola.

A realização desta jornada, acrescentou, ocorre num momento especial, numa altura em que o país se prepara para celebrar os 50 anos de Independência Nacional.

O presidente da AAT anunciou que em Luanda, possivelmente, em 2026 ou 2027, será inaugurada a Casa do Artista, que deverá se chamar “Palácio das Artes”.

No ano passado, lembrou, foi inaugurado, pelo Presidente da República, João Lourenço, o Centro Cultural Manuel Rui, na província do Huambo, que constitui o maior Centro Cultural no país, e algumas salas de teatro e cinemas estão a ser reabilitadas no país.

Além dos avanços, o responsável disse que existem, também, alguns retrocessos, salientando a falta de dotação financeira para os artistas de teatro.

“De um modo geral, o teatro continua a não ser uma arte institucionalizada, porque não faz parte do currículo do sistema nacional de ensino. Não existem editais, assim como a lei do Mecenato e uma política cultural especial que de alguma forma responda os anseios dos praticantes do teatro", frisou.

Informou que essas são as preocupações, que nesta jornada sero discutidas para de alguma forma serem documentos orientadores para serem presentes às estruturas de direito.