CAF multa FAF em dez mil dólares
Luanda - A Federação Angolana de Futebol (FAF) foi multada em 10 mil dólares pela Confederação Africana da modalidade (CAF), devido ao incidente registado durante o jogo da terceira jornada de apuramento para o Campeonato Africano das Nações, em que não foi entoado o hino do Níger.
A penalização imposta pelo Conselho de Disciplina da CAF, decorre de episódios que violaram normas de conduta estabelecidas pela entidade continental.
Segundo o Jornal de Angola, que cita um documento oficial, assinado por Ousmane Kane, presidente do Conselho de Disciplina da CAF, ao abrigo do artigo 82.º do regulamento disciplinar daquela organização continental, a multa de 10 mil dólares inclui uma cláusula suspensiva: metade desse valor, ou seja, 5 mil dólares, só será exigida caso a FAF reincida em incidentes semelhantes no prazo de 12 meses.
Indica que caso ocorra uma nova infracção nesse período, a multa suspensa é imediatamente aplicada, podendo ser acompanhada de outras sanções adicionais decididas pela CAF.
O relatório, datado de 26 de Outubro, dá conta que a FAF tem um prazo de 60 dias para efectuar o pagamento, contado a partir da data de notificação. Além disso, é mencionado que a Federação Angolana dispõe de um período de sete dias para recorrer da decisão junto do Conselho de Disciplina da CAF, caso considere a penalização injusta ou deseje apresentar uma defesa formal.
A partida, realizada no Estádio Nacional 11 de Novembro, em Luanda, foi marcado por um incidente que chamou a atenção do comissário ao jogo. No primeiro, um adepto dos Palancas Negras invadiu o campo logo após um momento de tensão durante o desafio.
Embora rapidamente a situação fosse resolvida pelos agentes de segurança, a atitude do adepto representou uma falha no controlo de acessos ao recinto desportivo, o que não passou despercebido aos observadores da CAF.
No segundo incidente, o cônsul-geral do Níger em Angola, um convidado de honra da equipa adversária, foi colocado nas bancadas de cadeiras azuis, em vez do camarote presidencial. A situação causou desconforto diplomático e evidenciou uma falha na organização, que deveria ter garantido o tratamento adequado ao representante diplomático.