Desenvolvimento do desporto nacional assente em cinco pilares


Luanda - O ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, procedeu ao lançamento do Planadesporto 2024-2027, plano estratégico para transformar o desporto angolano, impactar positivamente na vida de milhares de cidadãos e para assegurar o progresso, investimento e valorização do talento nacional.
Numa cerimónia realizada sábado último, Rui Falcão defendeu que o desporto é mais do que simples entretenimento, adiantando ser educação, disciplina, inclusão social e um dos motores mais poderosos para o desenvolvimento humano e económico da nação.
Reconheceu que investir no desporto reflecte-se na juventude, na saúde pública, na coesão social e na economia.
Revelou que o Planadesporto assenta em cinco pilares fundamentais, designadamente desporto escolar, desporto comunitário, desporto federado, infra-estruturas desportivas e medicina no desporto.
Relativamente ao desporto escolar, realçou que deve começar na infância, inserido de forma estruturada no ensino, com o plano a prever a sua expansão, até 2027, a pelo menos 70 por cento das escolas do país, garantindo que cada criança tenha acesso a infra-estruturas e programas desportivos bem organizados.
No domínio comunitário, Rui Falcão sublinhou que o plano estipula que o desporto deve estar presente nos bairros, nas aldeias e em cada recanto do país, sendo que, até 2027, a meta prevê envolver mais de dois milhões de angolanos em actividades desportivas regulares, em acções comunitárias e pela prática recreativa individual.
Nesta perspectiva, o trabalho vai incidir na construção e reabilitação de espaços públicos para a
prática desportiva e incentivar programas de desporto social, permitindo que cada cidadão tenha oportunidades de participação, independentemente da idade ou da condição económica.
No desporto federado, a incidência estará para a competitividade e alto rendimento, uma vez que os atletas angolanos já provaram que no andebol, basquetebol, atletismo, desportos de luta e em tantas outras modalidades, podem estar entre os melhores.
Assim sendo, o plano estabelece a necessidade de fomentar um desporto federado mais estruturado e profissionalizado, pelo que, nos próximos três anos, serão implementadas reformas para garantir uma maior transparência e eficiência na gestão das federações, fortalecendo o apoio a atletas, treinadores e clubes.
No que toca as infra-estruturas desportivas, o plano contempla um programa nacional de reabilitação e construção de infra-estruturas, garantindo que cada região do país tenha, pelo menos, um centro desportivo funcional e equipado, até 2027.
Além disso, novas directrizes serão implementadas para garantir a manutenção dos espaços existentes, evitando que os investimentos se percam com o tempo e, pelo contrário, se auto-rentabilizem por forma a aumentar a longevidade do seu uso.
Finalmente, sobre a medicina no desporto, o Planadesporto reconhece que um atleta de alto rendimento precisa de estar fisicamente preparado, e, acima de tudo, precisa de estar saudável.
Por isso, a medicina do desporto será reforçada com a criação de centros especializados, em Luanda e em outras províncias, onde os atletas terão acesso a acompanhamento médico, prevenção de lesões e recuperação pós-competição, investimentos que visam garantir que os desportistas angolanos tenham condições médicas ao nível dos melhores centros de referência.
Rui Falcão enfatizou que o Planadesporto é um compromisso nacional, que requer a mobilização do Executivo, Poder Local, federações, escolas, clubes, empresas públicas e privadas e sociedade civil, tendo desafiado os empresários e investidores a aproveitarem o desporto como um sector com enorme potencial económico.
Salientou que o investimento privado no desporto pode gerar empregos, atrair turismo e fortalecer a identidade nacional, tendo assumido o compromisso de criar incentivos e parcerias estratégicas para que o sector privado possa contribuir activamente para o crescimento do desporto angolano.