Luanda - Angola conquistou quatro medalhas de bronze no Campeonato Africano das Nações em Esgrima, que terminou, esta sexta-feira, em Luanda, as primeiras desde a constituição da Federação da modalidade, há dez anos.

Na prova, que foi disputada em cadetes e juniores, nas especialidades de espada, florete e sabre, em ambos os sexos, a equipa constituída pelos atletas angolanos Daniel Culica, Eduany David e Reginaldo Lima conquistou medalha na especialidade de sabre, em cadetes masculinos.

Na classe feminina, nas especialidades de sabre e espada, as medalhas foram conquistadas pela equipa constituída por Sara Pereira, Bernarda Calunga e Guivalda Contreira.

A quarta medalha foi obtida pelo atleta António Pedro, na especialidade de florete, em júnior individual.

No quadro geral, o Egipto dominou nas duas classes, ao conquistar, em júnior, 25 medalhas, sendo 11 de ouro, sete de prata e sete de bronze, enquanto em cadetes terminou com 10 de ouro, duas de prata e igual número de bronze, num total de 14.

Na segunda posição do quadro geral, a Tunísia classificou-se em segundo, nas duas classes, ao conseguir,  em júnior, uma medalha de ouro, duas de prata e duas de bronze, e, em cadetes, seis de ouro, 11 de prata e 10 de bronze.

Para o técnico da selecção angolana, Yusufu Kiamuangana “Mandela”, o objectivo foi alcançado, ao terem sido conquistadas quatro medalhas de bronze, disse à imprensa, no final da competição, que se disputou no pavilhão da Cidadela.

Recordou que Angola tem poucos anos de prática e experiência, tendo demonstrado capacidade competitiva perante países de nível mundial como o Egipto, Argélia e Tunísia, salientando a necessidade de se melhorar aspectos técnicos e tácticos e continuar o trabalho psicológico com os atletas.

Participaram nas duas classes atletas do Egipto, Tunísia, Argélia, terceiro classificado em juniores com um total de sete medalahas, África do Sul (01 de prata), Senegal (duas de bronze) e Nigéria (01 de bronze).

Em cadetes, no quadro geral de medalhas, além do Egipto (primeiro classificado) e Angola (último) estão a Tunísia, segundo com 27 medalhas, África do Sul (terceiro - 08), Togo (06), Argélia (05) e Senegal (04).

Confederação Africana institucionaliza “Taça Solidária Angola”

A Confederação Africana de Esgrima (CAE) vai institucionalizar uma prova continental, denominada “Taça Solidária Angola”, anunciou, no final da competição de Luanda, o ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão.

Em declarações à imprensa, no encerramento da competição, com a participação de 190 atletas, Rui Falcão deu a conhecer que decidiu realizar a prova que denominou “Taça Solidária Angola”, à margem do CAN2025, para valorizar a presença do Keny e dos Camarões, que chegaram no penúltimo dia da prova, por problemas de ligação aérea.

Em face disso, adiantou, o presidente da Confederação Africana de Esgrima, o senegalês Urban Ndiaye, comunicou que a iniciativa de Angola será adoptada oficialmente pela organização continental, por ocasião da disputa de cada CAN.

Disse esperar que Angola consiga evoluir cada vez mais, enfatizando que a CAE leva a convicção de que Angola é capaz de realizar eventos de complexidade, acrescentando que o país está aberto a novos desafios.

Na ocasião, o ministro angolano foi agraciado com uma medalha de mérito por parte da Confederação Africana, pelo empenho de Angola na organização da competição, que contou com a participação de Angola, Nigéria, Guiné, Argélia, Senegal, Togo, Egipto, África do Sul, Tunísia, Namíbia e Líbia.