PETRóLEO

Angola perspectiva recuperar poços inactivos e manter estabilidade na produção

Petróleo e gás em Angola - anpg.co.ao
Petróleo e gás em AngolaImagem: anpg.co.ao

18/06/2024 14h41

Luanda – O Governo angolano, em parceria com as empresas petrolíferas, perspectiva reactivar parte dos 767 poços petrolíferos que se encontram inactivos no país, revelou, segunda-feira última, a administradora executiva da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANPG), Ana Miala.

Ao falar num encontro denominado “Mata-bicho com os jornalistas”, Ana Miala adiantou que o número de poços que se encontram inoperantes representa 45 por cento do total de mil 634 poços de petróleo existentes no país.
 
Referiu que os poços estão inactivos devido a problemas mecânicos e outros, estando em fase de reavaliação com os parceiros.

Ana Miala adiantou que existem condições de investimento no sector petrolífero do país, sendo que um dos projectos que está em fase de aprovação é o da produção incrementada, o que vai permitir aos operadores aumentar os investimentos, visando maximizar a produção das concessões que já estão em produção.

Garantiu também que há possibilidade de se arranjar uma nova partilha entre o Estado e o grupo investidor, de modo a que o investimento a ser feito nas concessões, particularmente nos poços inactivos, possa ser recuperado em menos tempo.

No "Matabicho com Jornalistas", o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, disse que o país está a trabalhar para manter a estabilidade da produção em 1,1 milhões de barris de petróleo/dia, como registado em 2023.

Adiantou que a agência também está focada no aumento da produção petrolífera, bem como a concluir a execução da Estratégia de Exploração 2020-2025 e de Atribuição de Concessões Petrolíferas 2019-2025.

Apontou os projectos em produção “Sanha Mafumeira”, “CLOV Fase 3”, “Ndungu“, “Agogo Integrado ao Pólo Oeste”, “Ndola Sul”, “Kaminho”, “Begónia” e “Infills do Greater Plutónio” como os que devem contribuir para a manutenção do nível da produção acima de um milhão de barris por dia.

A ANPG também trabalha para o aumento da produção de gás, prevendo atingir um milhão e 21 mil pés cúbicos, até 2027, contra os 664 mil produzidos em 2023.

Lembrou que foi constituído um novo consórcio de gás, cuja plataforma se encontra em fase final de instalação, para fornecer gás à fábrica Angola LNG.

Quanto ao desempenho das actividades ao longo dos últimos anos, lembrou que, em termos de responsabilidade social, foram concluídos 132 dos 192 projectos planificados, avaliados em cerca de 150 milhões de dólares.

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