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Assinado acordo para ligação eléctrica de Angola para a Zâmbia e RDC

Linhas de transporte de energia eléctrica
Linhas de transporte de energia eléctrica Imagens: DR

Redacção

Publicado às 16h02 04/07/2024 - Actualizado às 16h02 04/07/2024

Luanda – O Governo angolano assinou, esta quinta-feira, um acordo para a interligação eléctrica com a República Democrática do Congo e a Zâmbia, através de uma linha com mais de mil e 200 quilómetros, num investimento privado de um milhão de euros.

De acordo com o ministro angolano da Energia e Águas, João Baptista Borges, o objectivo é avançar na integração regional da energia e vender electricidade a empresas, sobretudo as ligadas à indústria mineira.

O memorando de entendimento assinado envolve o Ministério da Energia e Águas, a Rede Nacional de Transporte de Electricidade, a Promarks Energy e Trafigura, como promotoras do investimento.

Angola tem um excedente de produção de energia que pode ser exportado para uma região onde a procura é significativa, principalmente relacionada com a exploração mineira, sublinhou o ministro, acrescentando que o projecto pode atender a procura de outros países.

Actualmente, Angola tem uma capacidade instalada de produção de energia de seis mil e 500 megawatts e  uma procura interna de apenas dois mil e 300 megawatts, estando previsto fornecer até dois mil megawatts à região leste da Zâmbia e da República Democrática do Congo, através desta linha.

A facturação anual prevista será de cerca de 750 milhões de dólares.

A linha vai ligar a zona do Médio Kwanza onde se concentra a principal capacidade instalada de Angola ao chamado Cinturão de Cobre, devendo a execução da infra-estrutura demorar cerca de dois anos.

João Baptista Borges destacou que esta interligação vai complementar também o transporte ferroviário no Corredor do Lobito, actualmente virado essencialmente para o transporte de mercadorias, ao qual se pretende somar o transporte de energia e as comunicações, através de fibra óptica.

O operador do sistema de transporte de energia será responsável pela celebração dos acordos com os utilizadores finais, como as companhias mineiras, sendo a tarifa negociada entre as partes, porque será “uma relação entre privados apenas”, disse o ministro, a propósito da definição dos preços.

Trata-se de um projecto de iniciativa privada, sem financiamento público, que trará “vantagens para todos os países” envolvidos, assegurou, adiantando que Angola tem também planos de interligações no sul do país.

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