Economia

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Angola regista maior crescimento no primeiro trimestre de 2024

Vista da cidade de Luanda
Vista da cidade de Luanda Imagens: Rosário dos Santos

Redacção

Publicado às 10h52 16/07/2024 - Actualizado às 10h52 16/07/2024

Luanda – Angola registou, no primeiro trimestre do corrente ano, o maior crescimento económico dos últimos nove anos, devido ao aumento da oferta de bens de produção nacional, indica um relatório do Governo.

De acordo com o documento, este desempenho resulta do efeito da estabilidade da taxa de câmbio, da retirada gradual da subvenção aos combustíveis e da actualização dos preços dos transportes públicos, com reflexos no Produto Interno Bruto (PIB), que registou a sua maior taxa de crescimento, desde 2015, com 4,6 por cento.

Nos últimos anos, adianta o documento, a economia angolana tem demonstrado uma resiliência assinalável, superando adversidades impostas pelo contexto nacional e internacional, o que mereceu elogios do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O relatório recorda que o FMI reconheceu publicamente a superação dos choques económicos enfrentados por Angola, em 2023, destacando a "elegância" com que a economia do país lidou com as dificuldades, o que valida e reforça a estratégia de diversificação económica, em curso no país e os procedimentos de gestão da dívida e políticas fiscais prudentes, em desenvolvimento.

O PIB de Angola cresceu cinco por cento, em 2023, esperando-se que atinja os seis por cento, este ano, com o contributo dos sectores da agricultura, mineração e indústria.

Por seu lado, a taxa de inflação sofreu uma redução de 18 por cento, em 2022, e 12 por cento no ano seguinte, projectando-se 10 por cento para 2024, num desempenho em que foram cruciais as medidas de políticas monetárias restritivas e o controlo dos preços de bens essenciais adoptados pelo Executivo, acrescenta.

Por seu turno, a reestruturação da dívida angolana foi concluída com sucesso, reduzindo-se a sua carga em 10 por cento, ao passo que a dívida externa foi renegociada, resultando em termos mais favoráveis para o país.

As reservas internacionais líquidas aumentaram para 10 mil milhões de dólares, em 2023, o que proporciona uma maior estabilidade económica.

No domínio do emprego, a taxa de desemprego caiu de 30 por cento, em 2022, e 25 por cento, em 2023, período em que foram criados cerca de 100 mil novos empregos, particularmente nos sectores agrícola, industrial e das infra-estruturas.

Em 2023, Angola conseguiu atrair 1,5 mil milhões de dólares em investimentos estrangeiros directos, sendo os sectores das infra-estruturas, mineração e energia, os maiores beneficiários.

No sector da saúde, foram investidos 600 milhões de dólares na melhoria de hospitais e centros de saúde, resultando no aumento da expectativa de vida para 62 anos.

O relatório destaca ainda que o sector da educação beneficiou de 400 milhões de dólares, para a construção de novas escolas e a capacitação de professores, elevando a taxa de alfabetização para 85 por cento.

Acrescenta que a resiliência demonstrada pela economia angolana serve de exemplo para outras nações que enfrentam desafios similares.

Com políticas macro-económicas prudentes e reformas estruturais contínuas, Angola tem um caminho promissor para um crescimento sustentável, sublinha o relatório, considerando que a superação das dificuldades e o reconhecimento internacional são motivos de celebração e reflexão sobre a eficácia das estratégias adoptadas pelo Governo.

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