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Indústria transformadora representou 11,4 por cento do PIB não petrolífero em 2023

Indústria em Angola
Indústria em Angola Imagens: verangola.net

Redacção

Publicado às 13h27 17/07/2024 - Actualizado às 13h27 17/07/2024

Luanda - O secretário de Estado para a Indústria, Carlos Manuel Rodrigues, afirmou que, em 2023, a indústria transformadora representou 11,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) não petrolífero e oito por cento do PIB total da economia nacional.

Ao apresentar os dados na sessão temática "Comunicar por Angola”, que abordou o Programa de Fomento da Indústria Transformadora do país para o quinquénio 2023/2027, Carlos Manuel Rodrigues revelou que o peso de 11,4 por cento é contributo da indústria alimentar, bebidas e tabaco, que representou 5,6 por cento, seguido da fabricação de produtos petrolíferos e químicos com 3,4 por cento.

Adiantou que, no ano passado, Angola gastou 843,5 milhões de dólares na importação de matérias-primas, para serem incorporadas no processo produtivo da indústria transformadora do país.

Revelou que o país conta com duas mil 619 indústrias, com Luanda a liderar, com mil 307, seguida de Benguela (255), Cabinda (169), Huíla (131), Bié e Huambo (111), Namibe (99), Cuanza Sul (70), Bengo (39) e Malanje (37).

Carlos Rodrigues disse que as unidades da indústria transformadora existentes no país empregam 39 mil 770 trabalhadores.

Apontou que o país conta com três tipos de infra-estruturas de localização industrial, com destaque para os pólos de desenvolvimento industrial, rural, a Zona Económica Especial Luanda/Bengo e as zonas francas.

Indicou que, dos três tipos de infra-estruturas de localização industrial, dois estão em funcionamento, designadamente o da Catumbela (Benguela), que conta com 139 empresas, das quais 34 são indústrias, e o de Viana (Luanda), com 417 empresas, das quais 198 são unidades industriais.

A Zona Económica Especial Luanda/Bengo conta com 231 empresas, das quais 141 são indústrias.

Enfatizou que o objectivo do seu sector é atingir a auto-suficiência alimentar, valorizar os recursos endógenos, promover uma menor dependência das importações em ecossistemas industriais e fomentar e promover o crescimento das exportações de maior valor acrescentado.

Realçou que o Executivo angolano criou um projecto a ser implementado para as pequenas indústrias com capacidade de produção de matérias-primas e o mesmo está alinhado ao Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), que visa promover a produção nacional e redução da dependência das importações.

Indicou que é visão para a indústria nacional promover a produção que visa abastecer o mercado interno, as cadeias de valor, o crescimento das exportações de maior valor acrescentado e a substituição das importações, reforço da integração regional e o aumento do nível tecnológico das indústrias.

Outro eixo é o fomento da produção nacional em sectores de forte componente importadora e em indústrias estratégicas com potencial de exportação, como a agro-indústria, transformação alimentar, desenvolvimento de indústrias petroquímicas, têxtil, da madeira, com o fabrico local de mobiliário, indústria pesada de apoio ao sector primário e a indústria metalúrgica.

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